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Acordo entre Boeing e Embraer fica no fio da navalha conforme mercados despencam

Placeholder - loading - São Paulo, Brasil 14/08/2018. REUTERS/Paulo Whitaker
São Paulo, Brasil 14/08/2018. REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Tim Hepher e Marcelo Rochabrun e Eric M. Johnson

PARIS/S?O PAULO/SEATTLE (Reuters) - O Brasil aprovou a proposta da Boeing para comprar a unidade de jatos comerciais da Embraer, mas a recente queda nos mercados levantaram quest?es urgentes sobre o futuro da transa??o de 4,2 bilh?es de d?lares, conforme o setor de avia??o ? atingido pela crise do coronav?rus.

O Conselho Administrativo de Defesa Econ?mica (Cade) descartou as obje??es dos promotores ao acordo na quarta-feira.

Uma queda nas a??es da Embraer e preocupa??es com dinheiro na Boeing, impulsionadas pelo impacto do coronav?rus nas viagens a?reas, foram um golpe para a transa??o, aumentando a incerteza causada por atrasos na obten??o da aprova??o regulat?ria da Uni?o Europeia.

As a??es da terceira maior fabricante de avi?es do mundo ca?ram 14% na quarta-feira, atingindo um valor de mercado de cerca de 1,3 bilh?o de d?lares depois de cair dois ter?os desde que o acordo foi divulgado em 2018, segundo dados da Refinitiv.

A esse pre?o, a Boeing assumiria o controle da unidade comercial da Embraer, mas somente ap?s pagar tr?s vezes o valor de toda a empresa.

A Boeing se ofereceu para pagar 4,2 bilh?es de d?lares em dinheiro por 80% da unidade comercial da Embraer, que fabrica jatos no segmento de 70 a 150 assentos e concorre com o programa A220, recentemente adquirido pela Airbus.

Tend?ncias recentes 'aumentaram as chances de esse acordo n?o ser conclu?do', disse Ken Herbert, analista da Canaccord Genuity.

Embora a Boeing possa, observam os analistas, buscar um pre?o mais baixo, as promessas firmadas no acordo durante meses de negocia??es delicadas deixam aos acionistas da Embraer pouco espa?o para manobras, exceto uma recupera??o acentuada das a??es.

A Embraer planeja pagar um dividendo especial de 1,6 bilh?o de d?lares a seus acionistas com os recursos provenientes da transa??o.

O plano colocaria o bra?o comercial da Embraer, liderado por John Slattery, em um novo empreendimento da Boeing que competiria com o A220 da Airbus e guardaria cerca de 1 bilh?o de d?lares em dinheiro l?quido para as unidades de defesa e jatos particulares da Embraer.

O prejudicado valor de mercado da Embraer amea?a reverter esses c?lculos, exceto no caso de uma decis?o improv?vel de renunciar ao dividendo especial ou sobrecarregar a antiga Embraer com d?vidas, disseram analistas.

PLANO DE SUPORTE

O novo presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, disse em janeiro que estava comprometido com o acordo. Agora ele deve convencer o conselho da Boeing a correr atr?s dele e, ao mesmo tempo, enfrentar cr?ticas no Congresso que est?o questionando como os potenciais fundos de contribuintes dos EUA seriam utilizados.

'Eles est?o indo para Washington com as m?os estendidas para um resgate e depois, por outro lado, gastam 4,2 bilh?es de d?lares para concluir o acordo', disse Herbert.

O b?nus de desempenho de 7 milh?es de d?lares de Calhoun, parte de um pacote de tr?s anos atrelado ao pre?o das a??es da Boeing, depende em parte de sua capacidade de fechar o neg?cio com a Embraer, assumindo a aprova??o regulat?ria.

'N?o comentamos publicamente discuss?es entre as partes ou especula??es de mercado. Estamos tratando do processo de aprova??es regulat?rias e das excelentes condi??es de fechamento', disse uma porta-voz da Boeing.

A Embraer se recusou a comentar.

As op??es da Embraer, caso o neg?cio fracasse, n?o foram amplamente discutidas e os poss?veis parceiros para uma alian?a s?o escassos.

Mas a Embraer expressou confian?a em seu portf?lio e continua pressionando para comercializar sua aeronave mais recente, o E195-E2, que apresentou na Inglaterra esta semana.

Escrito por Reuters

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