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Acordo Mercosul-UE deve ser visto além do impacto tarifário, diz Araújo

Placeholder - loading - Chanceler Ernesto Araújo 30/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Chanceler Ernesto Araújo 30/04/2019 REUTERS/Adriano Machado

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(Reuters) - O acordo de livre com?rcio entre o Mercosul e a Uni?o Europeia vai dinamizar a economia brasileira como um todo e n?o deve ser visto apenas pelo lado tarif?rio, disse nesta sexta-feira o ministro das Rela??es Exteriores, Ernesto Ara?jo.

Em entrevista coletiva em Bruxelas, Ara?jo disse que o acordo ? estrat?gico para todos os setores da economia do pa?s ao permitir a redu??o de custos e abrir mercados preferenciais no que ele disse ser o maior mercado importador do mundo.

'Um acordo dessa magnitude n?o deve ser olhado apenas do lado est?tico, de tarifa, mas sobretudo sob o ponto de vista din?mico. Ele mexe com todo o conjunto da economia', disse.

Mercosul e Uni?o Europeia assinaram nesta sexta um acordo preliminar de livre com?rcio, encerrando quase 20 anos de negocia??es.

De acordo com estimativas do Minist?rio da Economia, o acordo 'representar? um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilh?es de d?lares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilh?es de d?lares se consideradas a redu??o das barreiras n?o-tarif?rias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produ??o'.

Na coletiva, as autoridades brasileiras evitaram dar detalhes sobre o acordo sob a alega??o de que a ?ntegra ser? divulgada pelos envolvidos na negocia??o neste fim de semana.

Tamb?m na entrevista, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou que no acordo os dois lados ganham.

'N?o existe acordo em que s? um lado ganha', disse, ao ponderar ainda que o pacto n?o envolveu apenas os interesses do Brasil, mas foi preciso acomodar tamb?m os interesses dos demais parceiros do Mercosul --Argentina, Paraguai e Uruguai.

CONCESS?ES

O chanceler brasileiro afirmou que o acordo mostra que o Brasil tem posi??o s?ria no compromisso --feito pelo presidente Jair Bolsonaro ainda na ?poca da campanha eleitoral-- de promover a abertura econ?mica do pa?s e revitaliza o pr?prio Mercosul, al?m de refor?ar a busca de se consolidar toda a Am?rica do Sul como uma democracia e uma economia de mercado.

Ara?jo reconheceu que uma condi??o necess?ria para que o acerto sa?sse foi a disposi??o do bloco europeu de fazer concess?es.

Sem dar detalhes, ele disse que na reta final para o fechamento do acordo foram retiradas salvaguardas, ao responder se havia sido mantido uma esp?cie de cl?usula de prote??o, pela qual os europeus poderiam, sob determinadas circunst?ncias, suspender unilateralmente importa??es.

Embora tenha ressalvado que n?o queria entrar na quest?o das cotas de importa??o e exporta??o de produtos, a ministra da Agricultura disse que houve um avan?o sim. Segundo ela, onde n?o foi poss?vel ganhar em volume, ganhou-se em tarifas e, em muitos casos, a cota ? zero.

O ministro das Rela??es Exteriores disse que o acordo mostrou que, para a Uni?o Europeia, o Mercosul n?o ? um parceiro qualquer e destacou que a abertura do setor de servi?os gera a vinda de prestadores europeus, o que aumentar? a 'nossa competitividade'.

O chanceler afirmou que as recentes declara??es p?blicas de Bolsonaro, do presidente da Fran?a, Emmanuel Macron, e da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, n?o tiveram qualquer impacto no fechamento do acordo.

Na v?spera, Macron chegou a afirmar que n?o assinaria nenhum acordo comercial com o Brasil caso o pa?s sa?sse do acordo clim?tico de Paris. Nesta sexta, antes da divulga??o do acordo, Bolsonaro reuniu-se com Macron em Osaka, onde ambos participam do encontro do G20, e lhe assegurou que o pa?s vai permanecer no pacto clim?tico.

Segundo Ara?jo, no encontro entre Bolsonaro e Macron, o presidente brasileiro teve a oportunidade de falar sobre a pol?tica ambiental brasileira e considerou que esse esclarecimento 'talvez' tenha dissipado qualquer opini?o equivocada em rela??o ? atua??o do Brasil nessa ?rea. Ele avaliou que tampouco ficou algo pendente em rela??o ? primeira-ministra alem?.

(Por Ricardo Brito, em Bras?lia)

Escrito por Redação

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