AgriBrasil vende milho para México; mercado foca qualidade em MT para exportações
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Por Roberto Samora
S?O PAULO (Reuters) - A comerciante de gr?os AgriBrasil vendeu um carga de 33 mil toneladas de milho brasileiro para o M?xico, para embarque ao final do ano, o que mostra que os exportadores no Brasil, contando com uma safra recorde no pa?s, prometem incomodar os norte-americanos em 2019.
'Vendemos um navio para o M?xico, navio com 33 mil toneladas (de milho)', disse ? Reuters o presidente da AgriBrasil, Frederico Humberg, acrescentando que a venda ? para embarque no final do ano.
Ele lembrou que o M?xico tem se tornado um comprador habitual do cereal brasileiro, principalmente com os embarques sendo realizados pelos portos do Norte do pa?s, mais pr?ximos do M?xico e com menores custos log?sticos em rela??o aos dos Sul/Sudeste.
Segundo ele, outras companhias de commodities est?o realizando vendas para o M?xico, ap?s uma semana em que houve preocupa??es com uma quest?o comercial entre os EUA e os mexicanos, que costumam comprar a maior parte das suas necessidades no pa?s vizinho, o maior produtor e exportador global.
Nesta semana, uma carga de 35 mil toneladas de milho do Brasil, agendada para embarque em Santar?m (PA) no final de semana, apareceu na programa??o de navios para exporta??o ao M?xico. A afretadora da embarca??o ? a Louis Dreyfus, mas n?o foi poss?vel confirmar se a trading ? a vendedora.
Humberg avaliou como 'rumores' vendas de 40 navios de milho do Brasil para o M?xico, conforme postagem que circulou na rede social Twitter.
Em 2017 e 2018, quando o M?xico estava em uma dura negocia??o com os EUA sobre o tratado do Nafta, os mexicanos recorreram ao milho brasileiro, comprando nos dois anos 800 mil toneladas. Em janeiro de 2019, o Brasil embarcou 33 mil toneladas ao pa?s da Am?rica do Norte.
Segundo ele, ? improv?vel que tantos neg?cios tenham sido feitos at? este momento, em que muitos no mercado ainda aguardam para uma melhor defini??o sobre os problemas da safra dos EUA, com plantio atrasado em fun??o das chuvas excessivas.
Ap?s uma enxurrada de neg?cios de exporta??o recentemente, que inclu?ram at? mesmo at?picas vendas de milho do Brasil para os EUA, a situa??o se acalmou com um recuo nos pre?os em Chicago e um real mais forte frente ao d?lar, disse o presidente da AgriBrasil.
Nesta sexta-feira, a situa??o nos EUA-M?xico deu sinais de se normalizar tamb?m, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que h? 'boa chance' de os EUA fecharem um acordo com o M?xico, mas que se os dois pa?ses falharem uma tarifa de 5% ser? imposta sobre os produtos mexicanos na segunda-feira.
QUALIDADE DO MILHO
Falando a partir de Sorriso (MT), um dos principais munic?pios agr?colas do Brasil, onde AgriBrasil tem um escrit?rio, Humberg disse que tamb?m recebeu interesse de comprador de milho dos EUA, mas n?o fechou neg?cio.
Segundo ele, agora os neg?cios deram uma travada em Mato Grosso, o principal produtor brasileiro do cereal, para que produtores possam formar lotes com melhor qualidade, ap?s chuvas terem afetado o milho colhido inicialmente no Estado.
'Tem (percentual de gr?o) avariado muito alto, devido ao excesso de chuva que teve, vamos esperar que estabilize, vamos tentar padronizar', disse ele, estimando que at? o momento somente cerca de 10% do milho do Estado tenha sido colhido.
Segundo ele, o limite para negociar ? com lotes de at? 5 por cento de gr?os avariados, mas a colheita inicial tem registrado at? cerca de 30 por cento, em algumas ?reas.
'Agora est? um tempo bom, o milho est? secando no p?, o pessoal vai tendo mais milho', disse ele.
(Por Roberto Samora)
Escrito por Redação
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