Alckmin diz que país não terá 'tragédia de dois radicalismos' no 2º turno

S?O PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O candidato do PSDB ? Presid?ncia, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira que o pa?s n?o pode ter a trag?dia de ver dois radicalismos chegarem ao segundo turno, e insistiu que ele conseguir? passar para a segunda rodada da elei??o, apesar de estar numericamente em quarto lugar na disputa, muito distante dos l?deres Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

'N?o vamos ter essa trag?dia de termos a? dois radicalismos que n?o v?o ajudar o Brasil a se recuperar, o Brasil j? tem problema demais, os brasileiros j? t?m problema demais', disse o tucano a jornalistas, durante ato de campanha em S?o Paulo.

'A gente vai estar no segundo turno', acrescentou. 'E estando l? n?s ganhamos tanto do Bolsonaro quanto do PT do Haddad.'

Alckmin voltou a criticar, como havia feito pouco antes em evento de campanha no Rio de Janeiro, a ideia de uma nova Constitui??o para o pa?s.

'A Constitui??o foi um marco importante na redemocratiza??o... sou contra fazer uma nova Constituinte, n?s perder?amos tempo, dois, tr?s anos a? de debate, n?o h? nenhuma raz?o pra isso', disse.

'O que precisa s?o tr?s, quatro mudan?as constitucionais na atual Constitui??o, que podem ser feitas no come?o do ano que vem, n?o h? nenhuma raz?o pra fazer uma nova Constitui??o', repetiu, repetindo suas propostas pelas reformas pol?tica, tribut?ria, da Previd?ncia e do Estado.

As declara??es de Alckmin ocorrem tendo como pano de fundo o programa de Haddad, que menciona a elei??o de uma Assembleia Constituinte exclusiva, e coment?rio do candidato a vice na chapa de Bolsonaro, o general da reserva Hamilton Mour?o, que falou na possibilidade de uma Constituinte formada por not?veis.

Haddad j? suavizou a proposta, afirmando que uma Constituinte vir? 'se o Congresso assim entender', e membros da campanha de Bolsonaro rebateram os coment?rios de Mour?o, afirmando que o papel para reformar a Constitui??o cabe ?queles 'que t?m legitimidade para isso'.

COMBUST?VEIS

No Rio, Alckmin disse tamb?m que vai baratear o pre?o dos combust?veis caso eleito. Ele prometeu reduzir os impostos sobre os combust?veis e quebrar o monop?lio de refino da Petrobras para fomentar a concorr?ncia no setor.

?O combust?vel precisa ser mais barato, e como? Reduzindo imposto como eu fiz em S?o Paulo... e no refino. Tem falta de refinaria e muita obra parada, como o Comperj', disse a jornalistas.

'Precisamos trazer investimento privado para quebrar o monop?lio da Petrobras no refino, trazer mais investimentos e com isso fica mais barato o combust?vel?, acrescentou.

Em maio, a alta no pre?o do diesel causou uma greve de caminhoneiros que paralisou o pa?s e teve graves consequ?ncias econ?micas. Para encerrar o movimento, o governo do presidente Michel Temer negociou um programa de subs?dio ao diesel que vai vigorar at? o fim do ano, entre outras medidas.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro, e Pedro Belo, em S?o Paulo)