Alta da carne pressiona e inflação no Brasil tem maior novembro em 4 anos
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Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/S?O PAULO (Reuters) - A infla??o oficial do Brasil registrou acelera??o em novembro e o resultado mais alto em quatro anos com forte impacto da alta dos pre?os das carnes, mas ainda permanece abaixo do centro da meta em 12 meses.
O ?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,51% em novembro ap?s alta de 0,10% no m?s de outubro, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).
Esse ? o resultado mais alto para novembro desde 2015, quando ?ndice subiu 1,01%, e ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avan?o de 0,46%.
Em 12 meses, a alta do IPCA chegou a 3,27%, de um avan?o no m?s anterior de 2,54%, e permanece abaixo do centro da meta oficial para 2019, de 4,25% pelo IPCA com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
O resultado em 12 meses at? novembro tamb?m ficou ligeiramente acima da expectativa, de 3,23%.
De acordo com o IBGE, o maior impacto individual foi exercido pelas carnes, cujos pre?os subiram 8,09%, exercendo impacto de 0,22 ponto percentual no IPCA de novembro. Isso levou o grupo Alimenta??o e bebidas a acelerar a alta a 0,72%, de 0,05% em outubro.
'As exporta??es de carne para a China continuam, o que mant?m a demanda grande, e essa press?o vai continuar', explicou o gerente da pesquisa Pedro Kislanov da Costa.
O Brasil, maior exportador global de carne bovina, est? faturando com a maior demanda da China, mas os consumidores brasileiros est?o por tabela pagando mais pelo produto nos a?ougues, enquanto frigor?ficos t?m sido pressionados a fazer ofertas recordes por bois nas fazendas.
'Mas apesar da press?o de carnes, o IPCA ainda est? num patamar confort?vel e com espa?o para ficar dentro do centro da meta', completou Costa.
A maior varia??o no m?s foi registrada por Despesas Pessoais, com alta de 1,24% em novembro ante 0,20% antes. O comportamento dos pre?os de Habita??o tamb?m se destacou, ao deixar para tr?s uma defla??o de 0,61% em outubro para alta de 0,71% em novembro.
Esse avan?o de Habita??o deve-se ? alta de 2,15% da energia el?trica, uma vez que em novembro passou a vigorar a bandeira vermelha patamar 1.
Apesar do resultado mais forte em novembro, a infla??o permanece fraca e n?o deve ser suficiente para mudar o movimento do Banco Central de corte de juros, j? tendo sinalizado que adotar? essa postura na ?ltima reuni?o do ano, em dezembro.
'No geral, acreditamos que esse resultado ? consistente com o cen?rio base do Banco Central e corrobora corte de 0,50 ponto percentual (na Selic) este ano', afirmou em relat?rio a XP Investimentos.
A autoridade monet?ria cortou a taxa b?sica de juros Selic em 0,5 ponto percentual em outubro, a 5% ao ano, mas para al?m de dezembro a postura ? de cautela em rela??o aos fatores que podem pressionar a infla??o.
(Com reportagem adicional de Paula Arend Laier em S?o Paulo)
Escrito por Reuters
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