Alvaro Dias defende que Petrobras siga estatal, mas admite privatização do “entorno”
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BRAS?LIA (Reuters) - O pr?-candidato ? Presid?ncia da Rep?blica pelo Podemos, Alvaro Dias, reconheceu nesta quarta-feira que ? ?inevit?vel? a privatiza??o de empresas, mas defendeu que a Petrobras siga como uma empresa estatal, posicionando-se favor?vel apenas ? privatiza??o de subsidi?rias.
Em sabatina com presidenci?veis organizada pelo jornal Correio Braziliense e pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Dias sugeriu ainda que a pol?tica de pre?os da estatal seja definida pelo custo de produ??o no pa?s.
?N?o cogitamos privatizar a Petrobras. Esta ? uma grande empresa, invej?vel, de reputa??o internacional?, disse o pr?-candidato, que tamb?m se posicionou contra a privatiza??o do Banco do Brasil, da Caixa Econ?mica Federal e do BNDES, para evitar que o pa?s fique ?ref?m? do sistema financeiro internacional.
?O que admitimos ? a privatiza??o no entorno, ? a competi??o, a livre iniciativa no entorno. As subsidi?rias?, explicou, citando as empresas envolvidas na explora??o e distribui??o.
?Agora, o controle da empresa tem que ser estatal, mas n?o pode ser esse controle atual com essa pol?tica de pre?os. Essa pol?tica de pre?os seria admiss?vel em empresa privada, o lucro a qualquer pre?o. Empresa estatal tem que exercitar na sua plenitude a sua fun??o social?, defendeu.
Sobre a pol?tica de pre?os da Petrobras, Dias defendeu que seja definida a partir dos custos da produ??o dom?sticos, baseado em relatos de petroleiros que afirmam que n?o h? necessidade de refino no exterior.
?A refer?ncia para fixa??o dos pre?os deveria ser exatamente o custo da explora??o do petr?leo e o refino do petr?leo no nosso pa?s?, explicou, defendendo que haja a compatibiliza??o entre os interesses da Petrobras e do p?blico.
No campo da pol?tica, Dias aproveitou para classificar a gest?o do presidente Michel Temer como um ?desastre?, n?o por falta de compet?ncia, mas por falta de ?credibilidade?, por estar envolvido em ?esc?ndalos de corrup??o?.
?Eu n?o saberia dizer quem ganha mais, quem perde mais com o desastre da gest?o Temer?, disse o pr?-candidato, ao ser questionado se sentia-se beneficiado pelo fato de n?o ser vinculado ao governo.
?Quem traz o carimbo desta gest?o est? condenado?, afirmou.
O pr?-candidato do Podemos tamb?m defendeu a simplifica??o tribut?ria caminhando para a unifica??o, e a progressividade do sistema tributando ?menos no consumo e mais na receita?, de forma a tornar a cobran?a mais justa.
Criticou ainda a pol?tica internacional adotada pelos governos do PT, marcada, na sua opini?o, por um vi?s ?equivocado? , pelo ?retrocesso?, pelo ?populismo?, e pelo ?atraso?.
?? preciso mudar o foco?, defendeu.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito)
Escrito por Redação
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