Ameaças contra Bolsonaro continuam e decisão sobre carro aberto será no dia da posse
Ameaças contra Bolsonaro continuam e decisão sobre carro aberto será no dia da posse
Redação
18/12/2018
Atualizada em 18/12/2018
BRAS?LIA (Reuters) - O ministro-chefe do Gabinete de Seguran?a Institucional (GSI), general S?rgio Etchegoyen, afirmou nesta ter?a-feira que as amea?as contra o presidente eleito Jair Bolsonaro continuam 'vivas' e que a decis?o de usar ou n?o um carro aberto na posse do novo governo ser? tomada no dia da cerim?nia.
Etchegoyen observou que apenas um caso de amea?a contra Bolsonaro foi esclarecido at? o momento, em refer?ncia a uma opera??o da Pol?cia Federal que cumpriu mandados no Rio de Janeiro.
'Toda amea?a s? deixa de ser amea?a quando ? plenamente esclarecida. Se amea?as ainda n?o foram, s?o amea?as vivas, ? dessa forma que tratamos', defendeu o ministro durante entrevista nesta ter?a.
Etchegoyen n?o quis informar qual o tamanho do efetivo de seguran?a que ser? empregado durante a cerim?nia, ou se ser?o usados atiradores de elite, mas confirmou que ser? maior que em posses anteriores.
'Cada presidente, cada circunst?ncia ? uma avalia??o de risco. N?s nunca tivemos um presidente que sofreu tentativa de assassinato, isso sugere cautela', admitiu.
As barreiras de seguran?a e as restri??es de acesso ser?o maiores que em anos anteriores. Ser?o montadas barreiras com revista pessoal, detectores de metal e p?rticos em quatro posi??es ao longo da Esplanada dos Minist?rios. O acesso s? poder? ser feito a p?, a partir da Rodovi?ria que fica no in?cio da Esplanada.
A seguran?a tamb?m determinou que ser? proibido o acesso com objetos como bolsas e mochilas, carrinhos de beb?, m?scaras, garrafas --mesmo pl?sticas-- guarda-chuvas e outros mais ?bvios, objetos cortantes, apontadores de laser e armas de fogo.
Etchegoyen negou que seja poss?vel usar bloqueadores de celular durante a posse. 'O que vai ser bloqueado ser?o os sinais com frequ?ncias eletromagn?ticas de controle de drones, que n?o ser?o autorizados, de nenhuma natureza, e as chamadas frequ?ncias piratas, clandestinas', afirmou.
A Esplanada ser? fechada ? zero hora do dia 30 e s? ser? reaberta ?s 8h do dia 2 de janeiro, em um bloqueio de 80 horas. N?o haver? expediente no dia 31 e as for?as de seguran?a come?ar?o a ocupar os espa?os j? no dia 30.
Segundo o ministro, n?o h? ainda uma avalia??o precisa de quantas pessoas s?o esperadas na Esplanada dos minist?rios, mas a expectativa ? de entre 250 mil e 500 mil pessoas. Nos anos recentes, a posse que reuniu o maior n?mero de pessoas foi a primeira do ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva, em 2003. A estimativa da Pol?cia Militar ? ?poca foi de 200 mil pessoas presentes.
As quest?es de seguran?a e de espa?o tamb?m ir?o limitar, segundo o general Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Seguran?a Institucional, os convites para a cerim?nia no Pal?cio do Planalto.
'Temos uma restri??o de espa?o no Planalto que tem de ser considerada. Estamos prevendo que ? imposs?vel convidar todos os parlamentares. A id?ia ? convidar os l?deres dos partidos', informou, acrescentando que os senadores, por serem considerados uma 'entidade ?nica', devem ser convidados todos. J? no Itamaraty, est? prevista a presen?a de 2 mil a 2,5 mil pessoas.
De acordo com o embaixador Carlos Fran?a, que vem coordenando o cerimonial da posse, est?o confirmados at? o momento nove chefes de Estado, dois vice-presidentes, oito chanceleres e dois altos dirigentes de organiza??es internacionais. Entre eles, Mike Pompeo, secret?rio de Estado dos Estados Unidos, que dever? chefiar a comitiva norte-americana.
A previs?o no dia 1? ? que o presidente eleito saia da Granja do Torto, onde est? morando provisoriamente, ?s 14h e comece o desfile na Esplanada dos Minist?rios --em carro aberto ou fechado-- ?s 14h30. A cerim?nia de posse no Congresso Nacional est? marcada para ?s 15h.
Depois do Congresso, Bolsonaro sobe a rampa do Pal?cio do Planalto, recebe a faixa presidencial do presidente Michel Temer no Parlat?rio e discursa em seguida.
J? Temer, ao deixar o Planalto rumo a S?o Paulo, n?o decidiu ainda se descer? a rampa, como fez Lula em 2011, ao entregar o governo para Dilma Rousseff, ou sair? por uma porta lateral, como fez Fernando Henrique Cardoso, em 2003, na posse de Lula.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
Redação