ANÁLISE-Cúpula morna de Madri aumenta desafio por ações sobre o clima em 2020

Por Megan Rowling

BARCELONJA (Thomson Reuters Foundation) - A falta de disposi??o de alguns pa?ses que s?o grandes emissores de carbono para fazer sua parte para que as conversas clim?ticas da ONU deste m?s avan?assem indica que o Reino Unido enfrentar? um desafio enorme para que a c?pula 'tudo ou nada' do ano que vem na Esc?cia tenha sucesso, alertaram analistas.

A confer?ncia de novembro, a ser realizada em Glasgow com apoio da It?lia, ? vista como crucial para se preservar a chance de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos tempos pr?-industriais, a meta mais baixa estabelecida pelo Acordo de Paris de 2015.

As conversas ?speras de Madri, que terminaram com dois dias de atraso no domingo, deveriam enviar ao mundo uma mensagem clara de que no ano que vem os pa?ses apresentar?o planos de a??o clim?tica mais robustos para reduzir suas emiss?es de efeito estufa ainda mais e mais r?pido.

Mas muitas das maiores economias do mundo --dos Estados Unidos, Austr?lia e Brasil a ?ndia, China e Jap?o-- se recusaram a se unir aos esfor?os para apresentar uma frente unida ambiciosa.

Laurence Tubiana, uma arquiteta do acordo de Paris e ex-representante clim?tica da Fran?a, disse que as negocia??es madrilenhas s? chegaram 'ao resultado m?nimo necess?rio para irmos para 2020 --o ano em que a a??o clim?tica conta'.

'Grandes integrantes que precisavam fazer sua parte em Madri n?o corresponderam ?s expectativas', disse Tubiana, hoje presidente-executiva da European Climate Foundation.

'Mas gra?as a uma alian?a progressista de pequenas ilhas-Estados e pa?ses europeus, africanos e latino-americanos, obtivemos o melhor resultado poss?vel' nas circunst?ncias, acrescentou ela em um comunicado.

Depois que uma linguagem que especialistas sobre clima interpretaram como mais branda do que a do pacto de Paris foi rejeitada, os governos adotaram uma conclus?o que reitera o pedido de planos clim?ticos atualizados no ano que vem.

N?o existe obriga??o legal para todos os pa?ses submeterem tais planos at? o final de 2020, mas se isso n?o ocorrer o pr?ximo prazo para a ado??o de metas nacionais mais ambiciosas ? 2025, o que aumenta a possibilidade de supera??o do teto de 1,5oC at? 2030, disseram cientistas.

Shane Tomlinson, vice-presidente-executivo do E3G, um centro de estudos sobre economias de baixo carbono sediado em Londres, disse que as batalhas diplom?ticas testemunhadas nas duas semanas da c?pula mostraram como ? importante 'administrar a geopol?tica' que afeta os esfor?os de combate ? mudan?a clim?tica.