Anti-inflamatórios não-esteroides fazem mal ao coração, confirma estudo
Estudo confirma o que outros estudos já haviam apontado.
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O estudo, publicado no periódico científico BMJ, apontou que o uso dos anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) – como diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno e celecoxibe – está associado a um aumento de até 53 por cento no risco de infarto.
Realizada por pesquisadores canadenses, finlandeses e alemães, a pesquisa revisou sistematicamente estudos feitos anteriormente envolvendo por volta de 450 mil pessoas com idade entre 40 e 79 anos, entre as quais mais de 61 mil tiveram ataques cardíacos.
Os resultados mostraram que o uso de AINEs durante sete dias está associado a um aumento de 24 por cento no risco de infarto com celecoxibe, 48 por cento com ibuprofeno, 50 por cento com diclofenaco e 53 por cento com naproxeno.
Michèle Bally, epidemiologista do Hospital da Universidade de Montreal, no Canadá, ressaltou: “Dado que o início do risco de infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco) ocorreu na primeira semana e foi maior no primeiro mês de tratamento com doses mais altas, os médicos devem ponderar os riscos e benefícios dos AINEs antes de prescrever o tratamento, principalmente em altas doses”, disse ao jornal britânico The Guardian.
Como esse foi apenas um estudo observacional, não é possível dizer a razão pela qual os anti-inflamatórios estão associados a um maior risco de ataque cardíaco. No entanto, em pesquisas anteriores foi sugerido que o vínculo pode envolver o bloqueio de um hormônio chamado prostaciclina, que protege os vasos sanguíneos.
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Escrito por Redação
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