Aprovação da reforma tributária deve ficar para 2020, avalia fonte da equipe econômica
Publicada em
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A aprova??o da reforma tribut?ria, uma das promessas do atual governo, deve ficar para o ano que vem, segundo uma fonte da ?rea econ?mica, citando a complexidade do tema e o calend?rio apertado no Congresso.
A prioridade n?mero um do governo ? conseguir concluir a reforma da Previd?ncia, ainda em discuss?o no Senado, e o segundo passo ser? o encaminhamento do pacto federativo, disse a fonte, em condi??o de anonimato.
'O acordo (com as lideran?as no Congresso) ? iniciar o pacto federativo assim que acabar a Previd?ncia', afirmou a fonte ? Reuters. 'Alguma coisa da reforma (tribut?ria) pode ser esse ano, mas n?o toda', acrescentou.
Parlamentar da base do governo na C?mara confirmou que s? ser? poss?vel votar o tema tribut?rio no ano que vem, e que este ? o acordo na mesa.
'Est?o costurando um acordo para fechar a distribui??o (dos recursos) da cess?o onerosa', pontuou a fonte, em refer?ncia a um impasse que est? travando a aprecia??o em segundo turno da reforma da Previd?ncia no Senado.
'Acho at? dif?cil conseguir esse ano votar o novo pacto federativo', emendou.
O texto da reforma tribut?ria do governo ainda n?o est? fechado, mas a expectativa ? que seja formalmente apresentado aos parlamentares nas pr?ximas semanas.
As discuss?es sobre a cria??o de um imposto sobre pagamentos nos moldes da extinta CPMF acabaram turvando o horizonte para a apresenta??o da proposta do Executivo, enquanto C?mara e Senado j? analisavam, cada Casa, reformas tribut?rias distintas.
Contr?rio ao imposto sobre transa??es, o presidente Jair Bolsonaro foi a p?blico descartar sua implementa??o, num imbr?glio que culminou com a demiss?o do ent?o secret?rio especial da Receita Federal, Marcos Cintra.
'A tribut?ria foi precipita??o por protagonismo', avaliou a fonte da equipe econ?mica.
CESS?O ONEROSA
No momento, o foco do governo ? conseguir concluir a aprova??o da reforma da Previd?ncia no Senado sem que ocorra uma nova desidrata??o na economia prevista com a mudan?a de regras para aposentadorias.
Na semana passada, o governo sofreu um rev?s inesperado ap?s senadores votarem pela manuten??o das atuais regras do abono salarial, que contemplam trabalhadores formais que ganham at? dois sal?rios m?nimos. Com isso, a economia com a reforma da Previd?ncia cair? 76,4 bilh?es de reais em 10 anos.
Em fun??o do quadro, a equipe econ?mica passou a calibrar os termos do pacto federativo, buscando equilibrar as perdas sofridas na reforma previdenci?ria.
'Aviso j? foi dado: cada bilh?o a menos na Previd?ncia ? um bilh?o a menos no pacto?, refor?ou a fonte da ?rea econ?mica.
'O alerta ? C?mara foi dado quando havia uma desidrata??o por l?. Ela foi interrompida. Agora, o aviso foi dado ao Senado e espera-se que a desidrata??o seja interrompida', disse.
Escrito por Redação
SALA DE BATE PAPO