Arrecadação desacelera o ritmo e sobe 1,08% em agosto, menor alta mensal em 2018
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BRAS?LIA (Reuters) - A arrecada??o do governo federal registrou alta real de 1,08 por cento em agosto sobre igual m?s do ano passado, a 109,751 bilh?es de reais, ainda ajudada pelas receitas com royalties do petr?leo, mas no pior ritmo deste ano, divulgou a Receita Federal nesta sexta-feira.
Esta foi a menor alta mensal registrada em 2018 e veio ap?s expans?o de 12,83 por cento em julho. Mesmo assim, representou o melhor desempenho para um m?s de agosto desde 2014, quando a arrecada??o foi de 120,249 bilh?es de reais, em dado corrigido pela infla??o.
'Em agosto de 2017, n?s tivemos 3,5 bilh?es de reais de arrecada??o da entrada do parcelamento (dentro do programa de renegocia??o tribut?ria Refis), que elevaram a base de compara??o', justificou o chefe do Centro de Estudos Tribut?rios e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias.
No m?s, a receita administrada pela Receita, linha que abarca o recolhimento de impostos, subiu 0,63 por cento, em termos reais, sobre agosto do ano passado, a 107,182 bilh?es de reais.
J? a receita administrada por outros ?rg?os, que ? fortemente sensibilizada pelos royalties do petr?leo, teve alta de 24,63 por cento na mesma base de compara??o, a 2,569 bilh?es de reais.
No acumulado de 2018, houve crescimento real de 6,94 por cento na arrecada??o, a 953,621 bilh?es de reais, em meio ao impulso dado pelos royalties do petr?leo, embalados pelo avan?o do d?lar e do pre?o da commodity no mercado externo.
Segundo a Receita, a recupera??o econ?mica tamb?m tem contribu?do para o desempenho da arrecada??o, ainda que o f?lego exibido pela atividade esteja abaixo do inicialmente esperado.
O governo iniciou 2018 prevendo uma alta de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, a estimativa ? de um avan?o de 1,6 por cento, sendo que o mercado v? uma expans?o ainda mais t?mida, de 1,36 por cento, conforme boletim Focus mais recente.
Para o resultado consolidado do ano, a expectativa da Receita ? que haja uma eleva??o real de 3 a 3,4 por cento na arrecada??o, destacou Malaquias.
DADO MENSAL
Olhando apenas para os impostos, o resultado de agosto foi puxado principalmente pela alta de 10,53 por cento com o recolhimento de Imposto de Renda Pessoa Jur?dica (IRPJ) e da Contribui??o Social sobre Lucro L?quido (CSLL), num acr?scimo de 1,395 bilh?o de reais sobre agosto de 2017.
Em apresenta??o, a Receita avaliou que o avan?o se deve ? melhora do resultado das empresas, al?m da redu??o nos valores compensados contra a estimativa real.
Outro destaque foi a eleva??o de 28,78 por cento no Imposto de Importa??o e IPI-Vinculado em agosto sobre um ano antes, num ganho de 1,289 bilh?o de reais. Nesse caso, a valoriza??o do d?lar tem beneficiado a arrecada??o, ao aumentar a base sobre a qual incidem os tributos. O valor em d?lar das importa??es cresceu 32,40 por cento em agosto sobre um ano antes, disse a Receita.
A moeda norte-americana tem reagido aos desdobramentos da cena externa, com a normaliza??o monet?ria nos Estados Unidos, e ? cena dom?stica, em meio ?s incertezas ligadas ?s elei??es presidenciais de outubro e ? capacidade do novo ocupante do Pal?cio do Planalto de tocar as reformas econ?micas.
Contando com a alta real da arrecada??o neste ano, o governo tem reiterado que cumprir? a meta fiscal, de d?ficit prim?rio de 159 bilh?es de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previd?ncia).
(Por Marcela Ayres; Edi??o de Iuri Dantas)
Escrito por Redação
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