Atividade econômica do Brasil contrai 0,47% em abril e tem 4ª queda seguida, aponta BC
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S?O PAULO (Reuters) - A atividade econ?mica do Brasil iniciou o segundo trimestre com recuo em abril depois de terminar os tr?s primeiros meses do ano com contra??o, pressionada principalmente pelas vendas varejistas e ratificando as preocupa??es com o crescimento.
O ?ndice de Atividade Econ?mica do Banco Central (IBC-Br), esp?cie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou queda de 0,47% em abril na compara??o com mar?o, segundo dado dessazonalizado divulgado pelo BC.
O resultado configurou a quarta queda seguida do IBC-Br na compara??o mensal e ainda mostrou piora em rela??o ? leitura de mar?o, quando o ?ndice caiu 0,3%, em dado revisado pelo BC de queda de 0,28% divulgada antes.
O dado de abril ainda frustrou a expectativa de avan?o de 0,20% em pesquisa da Reuters.
Na compara??o com abril de 2018, o IBC-Br apresentou recuo de 0,62% e, no acumulado em 12 meses, teve avan?o de 0,72%.
'A economia continua a operar com alto grau de ociosidade em termos de utiliza??o dos recursos. O avan?o na dire??o da consolida??o fiscal em n?veis federal e subnacional continuam, em nossa avalia??o, sendo essencial para ancorar o sentimento do mercado, sustentar a confian?a do consumidor e das empresas e alavancar o que tem sido at? agora uma recupera??o extremamente rasa e decepcionante', disse em nota o diretor de pesquisa econ?mica do Goldman Sachs, Alberto Ramos.
Segundo dados do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve recuo de 0,2% no primeiro trimestre na compara??o com os ?ltimos tr?s meses de 2018, na primeira queda trimestral desde o fim de 2016.
Em abril, a produ??o industrial brasileira registrou avan?o abaixo do esperado de 0,3% sobre mar?o, pressionada pela ind?stria extrativa e mostrando irregularidade.
As vendas varejistas tiveram no m?s o primeiro resultado negativo para abril em quatro anos ao recuarem 0,6%, mas o volume de servi?os teve alta pela primeira vez no ano, de 0,3%.
A atividade econ?mica brasileira vem encontrando dificuldades de engrenar diante de uma taxa de desemprego de 12,5% com n?vel recorde de pessoas subutilizadas e de desalentados, bem como alto grau de capacidade ociosa.
A consolida??o fiscal permanece no foco das aten??es, destacadamente a da Previd?ncia, com o risco de o pa?s sofrer nova recess?o pesando sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro.
A reforma previdenci?ria ? considerada imprescind?vel para melhorar o sentimento entre mercado, empresas e consumidores, e na v?spera o relator Samuel Moreira (PSDB-SP) apresentou parecer com impacto fiscal total m torno de 1,13 trilh?o de reais. O texto, entretanto ainda n?o tem uma data para ser votado pela comiss?o especial da C?mara dos Deputados.
As expectativas de crescimento para o Brasil continuam sofrendo seguidos cortes, e a mais recente pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central junto a uma centena de economistas mostrou que a estimativa para a atividade neste ano agora ? de crescimento de 1%, indo a 2,23% em 2020.
(Por Camila Moreira)
Escrito por Redação
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