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Autoridades do Fed concordaram que resposta 'contundente' ao coronavírus era necessária

Placeholder - loading - Prédio do board do Federal Reserve, banco central dos EUA, em Washington 19/03/2019 REUTERS/Leah Millis
Prédio do board do Federal Reserve, banco central dos EUA, em Washington 19/03/2019 REUTERS/Leah Millis

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Por Howard Schneider e Lindsay Dunsmuir

(Reuters) - Autoridades do Federal Reserve, em duas reuni?es de emerg?ncia no m?s passado, mostraram-se crescentemente preocupados com a rapidez com que o surto de coronav?rus estava prejudicando a economia dos Estados Unidos e afetando os mercados financeiros, levando-os a adotar 'a??o contundente', mostrou a ata dos encontros.

O documento divulgado nesta quarta-feira ? o primeiro a mostrar detalhes de como as autoridades lan?aram um plano de resgate econ?mico sem precedentes em tempo recorde no m?s passado conforme a pandemia de coronav?rus se espalhava, chegando a decis?es que podem formatar a economia global por d?cadas no espa?o de algumas semanas fren?ticas.

Em reuni?es emergenciais convocadas pelo chair Jerome Powell em 2 e 15 de mar?o, os membros do Fed concordaram em cortar a taxa de juros de volta para zero, ampliaram o acesso a d?lares para bancos centrais estrangeiros e retomaram a forte compra de ativos. O primeiro corte foi anunciado em 3 de mar?o, ap?s videoconfer?ncia realizada no dia anterior.

A ata joga alguma luz sobre a velocidade com que o as autoridades do Fed foram pressionadas a dar uma resposta historicamente vigorosa aos danos que os esfor?os para conter o surto estavam causando ? economia dos EUA.

De acordo com uma contagem da Reuters, os Estados Unidos registraram mais de 400 mil casos confirmados do Covid-19, a doen?a ocasionada pelo novo coronav?rus, e aproximadamente 13 mil pessoas j? morreram.

Apenas cinco semanas antes do corte surpresa nas taxas de juros, em 3 de mar?o, Powell e seus colegas haviam encerrado sua primeira reuni?o do ano, em 29 de janeiro, com um ar de otimismo cauteloso. Parecia que 2020 poderia ser um ano de firme crescimento e for?a cont?nua no mercado de trabalho, em uma novo movimento depois de um duro ano de 2019 no qual o Fed cortou, em tr?s diferentes oportunidades, as taxas de juros para atenuar os efeitos da guerra comercial do governo Trump com a China.

Embora amplamente otimistas, os formuladores de pol?ticas admitiram ent?o que o novo coronav?rus 'exigiria vigil?ncia de perto', de acordo com as atas daquela reuni?o divulgada em 19 de fevereiro, um dia antes de o mercado acion?rio dos EUA iniciar uma derrocada de um m?s que reduziria seu valor em um ter?o.

Mesmo assim, em meados de fevereiro os formuladores de pol?tica monet?ria sentiram que o surto da nova varia??o do coronav?rus na China provavelmente teria repercuss?es m?nimas para o resto do mundo, talvez interrompendo o fornecimento de pe?as e bens finais das f?bricas chinesas, mas sem representar uma amea?a de maneira mais ampla.

Mas o v?rus se espalhou para os Estados Unidos, a crise se aprofundou na China e em outros lugares, e os modelos econ?micos convencionais mostraram-se progressivamente menos capazes de mensurar o que estava acontecendo. O Fed, ent?o, retirou seu manual de crise da d?cada anterior e come?ou a tentar estabilizar os mercados financeiros, que passaram de m?ximas recordes a recuos intermitentes.

A maioria das autoridades do Fed agora concorda que a economia norte-americana est? em uma recess?o que pode reduzir a produ??o dos EUA em dois d?gitos no segundo trimestre e tirar 20 milh?es de pessoas, ou mais, do mercado de trabalho, pelo menos temporariamente, devido ?s medidas tomadas para conter a dissemina??o da Covid-19, a doen?a causada pelo coronav?rus.

Escrito por Reuters

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