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Bachelet pede à ONU novo órgão de direitos humanos para investigar crimes contra rohingyas

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Por Stephanie Nebehay

GENEBRA (Reuters) - A chefe de direitos humanos da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU), Michelle Bachelet, pediu nesta segunda-feira a cria??o de um novo organismo para reunir provas visando um futuro processo de crimes cometidos contra mu?ulmanos rohingyas de Mianmar, incluindo assassinatos e torturas.

Uma equipe de investigadores independentes da ONU disse em um relat?rio publicado no m?s passado que existem ind?cios de 'inten??o genocida' dos militares contra os rohingyas e que crimes contra a humanidade e crimes de guerra parecem ter sido cometidos.

Os investigadores identificaram seis generais de Mianmar, incluindo o comandante-chefe das For?as Armadas do pa?s, dizendo que deveriam ser levados ? Justi?a.

Um ano atr?s, tropas do governo conduziram uma opera??o repressiva brutal em Rakhine, um Estado de Mianmar, em rea??o a ataques do Ex?rcito de Salva??o Arakan Rohingya (Arsa) a 30 postos policiais e uma base militar do pa?s. Cerca de 700 mil rohingyas fugiram da repress?o, e hoje a maioria mora em campos de refugiados na vizinha Bangladesh.

Em seu primeiro discurso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU desde que tomou posse em 1? de setembro, Bachelet disse que os ataques e a persegui??o parecem continuar em Rakhine. Investigadores tamb?m encontraram ind?cios de execu??es, tortura e viol?ncia sexual contra minorias nos Estados de Kachin e Shan, disse.

'A persist?ncia destes padr?es de viola??es sublinha a impunidade total concedida ?s for?as de seguran?a de Mianmar', disse Bachelet ao f?rum de 47 membros em Genebra, que inaugurou uma sess?o de tr?s semanas.

Ela louvou o fato de o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) ter decidido na semana passada que sua corte tem jurisdi??o sobre as supostas deporta??es de rohingyas de Mianmar para Bangladesh por v?-las como poss?veis crimes contra a humanidade.

'Este ? um passo imensamente importante para acabar com a impunidade e tratar do sofrimento enorme do povo rohingya'.

'Tamb?m louvo os esfor?os de Estados-membros deste Conselho para estabelecerem um mecanismo internacional independente para Mianmar, para reunir, consolidar, preservar e analisar ind?cios dos crimes internacionais mais graves de forma a acelerar julgamentos justos e independentes em cortes nacionais e internacionais'.

Mianmar negou ter cometido atrocidades contra os rohingyas, dizendo que seus militares realizaram a??es justific?veis contra militantes e sinalizando que n?o pretende cooperar com o TPI.

Escrito por Redação

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