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BC corta Selic para nova mínima de 4,5% e cita cautela para futuras decisões

Placeholder - loading - Sede do Banco Central em Brasília 29/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Sede do Banco Central em Brasília 29/10/2019 REUTERS/Adriano Machado

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Por Marcela Ayres

BRAS?LIA (Reuters) - O Banco Central reduziu nesta quarta-feira a Selic em 0,5 ponto percentual pela quarta vez consecutiva, ? nova m?nima hist?rica de 4,5%, e indicou cautela em rela??o aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econ?mica com mais ?mpeto.

O BC tamb?m passou a ver menos riscos baixistas para a infla??o, ao passo que elevou suas proje??es para o IPCA neste ano, deixando-o mais perto da meta oficial. Ainda que n?o tenha fechado as portas para nova redu??o nos juros b?sicos, portanto, a autoridade monet?ria sinalizou que o caminho n?o est? claro como outrora.

'O Copom entende que o atual est?gio do ciclo econ?mico recomenda cautela na condu??o da pol?tica monet?ria', trouxe o comunicado do Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) do BC.

'O Comit? enfatiza que seus pr?ximos passos continuar?o dependendo da evolu??o da atividade econ?mica, do balan?o de riscos e das proje??es e expectativas de infla??o', acrescentou.

Desde a ?ltima reuni?o do Copom, em outubro, o BC vinha sinalizando claramente que deveria cortar a taxa em mais 0,5 ponto em dezembro, raz?o pela qual todos os 30 economistas consultados pela Reuters j? esperavam um corte dessa magnitude.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou no Twitter, ap?s a decis?o, que a redu??o da Selic ao novo patamar permitir? uma economia com o pagamento de juros de 110 bilh?es de reais em 2020.

Ele escreveu ainda que o n?vel dos juros b?sicos ? suficientemente baixo para 'continuar impulsionando o crescimento do Brasil'.

Agentes do mercado aguardavam com aten??o o comunicado do BC em busca de pistas mais concretas sobre a continuidade ou n?o dos cortes, e em qual intensidade, tendo em vista fatores como a acelera??o do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a recente subida da infla??o e o movimento do d?lar frente ao real.

Sobre a atividade, o BC avaliou que dados a partir do segundo trimestre indicam que o processo de retomada da economia brasileira 'ganhou tra??o' face ao comportamento que vinha sendo visto at? os tr?s primeiros meses do ano.

E adicionou ver uma recupera??o seguindo em ritmo gradual.

Em outra novidade do comunicado, o BC excluiu trecho sobre o cen?rio externo seguir incerto, com riscos associados a uma desacelera??o mais intensa.

O BC, desta vez, limitou-se a dizer que 'a provis?o de est?mulos monet?rios nas principais economias, em contexto de desacelera??o econ?mica e de infla??o abaixo das metas, tem sido capaz de produzir ambiente relativamente favor?vel para economias emergentes'.

Em seu balan?o de riscos para a infla??o, por sua vez, o BC retirou a men??o ao risco baixista de potencial propaga??o da infla??o corrente, por mecanismos inerciais.

Em outro acr?scimo, este ligado aos fatores que podem pressionar a infla??o para cima, o BC voltou a dizer que o atual grau de est?mulo monet?rio traz incertezas sobre os canais de transmiss?o para a economia, mas complementou que isso se d? num 'contexto de transforma??es na intermedia??o financeira'.

Desde que a autoridade monet?ria iniciou o ciclo de afrouxamento monet?rio, em julho, a taxa b?sica de juros caiu 2 pontos percentuais. A distens?o se deu em meio ? baixa infla??o e lenta recupera??o econ?mica.

Mas alguns indicadores recentes da atividade t?m mostrado mais for?a, ao passo que a infla??o reagiu em novembro a um choque inflacion?rio.

Embalado pela maior demanda da China, o aumento no pre?o das carnes no pa?s pressionou o IPCA em novembro, levando o ?ndice ao maior patamar para o m?s em quatro anos.

Em 12 meses, a infla??o oficial avan?ou 3,27%, de um crescimento no m?s anterior de 2,54%, mas ainda bem abaixo do centro da meta oficial para 2019, de 4,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Nesta quarta-feira, entretanto, o BC elevou a proje??o de infla??o para 2019 pelo cen?rio de mercado a 4,0%, sobre 3,4% em sua ?ltima proje??o, feita em outubro, deixando-a com isso mais perto da meta.

Tanto para 2020 quanto para 2021, a estimativa foi aumentada no cen?rio h?brido -- que considera a taxa de c?mbio constante e a Selic da pesquisa Focus -- a 3,7%, contra, respectivamente, 3,6% e 3,5% antes.

Para o ano que vem e o pr?ximo, as metas de infla??o s?o de 4,0% e 3,75%, tamb?m com margem de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

Em nota, o economista-chefe do Fator, Jos? Francisco de Lima, avaliou que o BC n?o indicou novos cortes adiante.

'Mantemos, portanto, a perspectiva de que a Selic continue no atual n?vel (4,50%) por v?rios trimestres. N?o contamos com eventos relevantes do lado das reformas e concordamos com certa melhora nas condi??es globais', escreveu.

J? Ivo Chermont, economista-chefe da Quantitas Asset, avaliou que o comunicado refor?ou a chance de um corte de 0,25 ponto em fevereiro.

'As proje??es foram o que realmente chamou aten??o, muito tranquilas. Isso aumenta muito confian?a do call de 4,25%, e vou al?m: acho que o mercado volta a discutir o (corte de) 4%', afirmou.

(Com reportagem adicional de Gabriel Ponte)

Escrito por Reuters

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