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BC mantém juros em 6,5% e abandona sugestão de alta à frente

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BRAS?LIA (Reuters) - O Banco Central manteve nesta quarta-feira a taxa de juros no seu piso hist?rico de 6,5 por cento, conforme amplamente esperado pelo mercado, e indicou que v? um quadro mais benigno para a infla??o, que deve jogar para frente o in?cio de um aperto monet?rio.

Ao falar sobre os riscos que enxerga para o avan?o de pre?os na economia, o BC disse no comunicado do Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) que houve, de um lado, eleva??o no risco do n?vel de ociosidade elevado produzir trajet?ria prospectiva abaixo do esperado.

Quanto ao risco associado ? frustra??o das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necess?rios na economia, que poderia afetar pr?mios de risco e elevar a trajet?ria da infla??o, o BC destacou que houve 'arrefecimento'.

O BC tamb?m melhorou a proje??o para o IPCA em 2018 pelo cen?rio de mercado a 3,7 por cento, sobre 4,4 por cento antes. Para 2019 e 2020, a estimativa foi a 3,9 e 3,6 por cento, ante 4,2 por cento e 3,7 por cento anteriormente.

Com isso, os c?lculos -- que levaram em conta a Selic fechando 2019 em 7,5 por cento e 2020 em 8 por cento -- ficaram ainda mais longe do centro da meta de infla??o, que ? de 4,5 por cento em 2018, 4,25 por cento em 2019 e 4,0 por cento em 2020, sempre com banda de 1,5 ponto para mais ou para menos.

'O Copom est? vendo cen?rio muito tranquilo para infla??o no ano que vem, n?o h? muito desconforto em deixar (a Selic em) 6,5 por cento por tempo indeterminado e seguir acompanhando evolu??o do mercado', avaliou o economista do Santander Luciano Sobral, que prev? uma taxa b?sica de juros est?vel ao longo do ano que vem.

Em pesquisa Reuters, todos os 35 economistas consultados pela Reuters j? esperavam a manuten??o da Selic neste patamar, o que ocorreu pela sexta reuni?o consecutiva do Copom.

A decis?o ressalta a persistente ociosidade que assola a maior economia da Am?rica Latina, com o desemprego de dois d?gitos limitando a alta dos sal?rios, enquanto o crescimento econ?mico segue vagaroso.

O quadro tem contido press?es inflacion?rias e feito economistas apostarem que a Selic seguir? neste n?vel por ainda mais tempo. Apenas quatro de 33 economistas que responderam a uma quest?o adicional em pesquisa Reuters esperam que o BC eleve os juros antes do segundo semestre de 2019, e seis projetaram o primeiro aumento em 2020.

Em sua ?ltima reuni?o do ano, o BC apontou novamente que a conjuntura econ?mica ainda prescreve pol?tica monet?ria estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.

Ao mesmo tempo, excluiu trecho que vinha utilizando logo na sequ?ncia de que 'esse est?mulo come?ar? a ser removido gradualmente caso o cen?rio prospectivo para a infla??o no horizonte relevante para a pol?tica monet?ria e/ou seu balan?o de riscos apresentem piora'.

(Por Marcela Ayres)

Escrito por Redação

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