BC prevê PIB estável ou com ligeiro crescimento no 2º tri, mostra ata do Copom
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Por Marcela Ayres
BRAS?LIA (Reuters) - O Banco Central estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar est?vel ou apresentar ligeiro crescimento no segundo trimestre, conforme ata do Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) divulgada nesta ter?a-feira, na qual voltou a indicar que h? espa?o para 'ajuste adicional' nos juros b?sicos da economia.
Segundo o documento, a atividade econ?mica deve ainda mostrar 'alguma acelera??o' nos trimestres seguintes, refor?ada pelos est?mulos decorrentes dos saques de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi?o (FGTS) e do PIS/PASEP, investida concebida pelo governo para injetar ?nimo ? retomada econ?mica.
'N?o obstante essa acelera??o esperada, o cen?rio b?sico do Copom sup?e que o ritmo de crescimento subjacente da economia, que exclui os efeitos de est?mulos tempor?rios, ser? gradual', apontou.
Na semana passada, o BC reduziu a taxa b?sica de juros em 0,5 ponto percentual, ? nova m?nima hist?rica de 6% ao ano, e indicou que o processo de afrouxamento poder? seguir adiante em meio ? fraqueza econ?mica, infla??o bem comportada, melhora no ambiente externo e avan?o da reforma da Previd?ncia.
Nesta ter?a-feira, a autoridade monet?ria ponderou que, apesar de ter indicado essa possibilidade, o Copom considera 'fundamental' enfatizar que isso n?o restringe sua pr?xima decis?o, a ser tomada em setembro.
'Os pr?ximos passos da pol?tica monet?ria continuar?o dependendo da evolu??o da atividade econ?mica, do balan?o de riscos e das proje??es e expectativas de infla??o', frisou.
Para o BC, houve 'distens?o relevante' nos indicadores recentes de condi??es financeiras, movimento que atribuiu ? expectativa de corte na Selic, ? melhora nos mercados globais e nas perspectivas para a economia dom?stica -- esta ?ltima embalada pelo progresso na agenda de reformas.
Sobre a reforma da Previd?ncia, inclusive, o BC avaliou que ela contribui, num saldo l?quido, para redu??o gradual da taxa de juros estrutural da economia.
Para al?m do tamanho do ciclo de afrouxamento, agentes de mercado aguardavam mais detalhes na ata para consolidarem suas apostas sobre a distribui??o dos novos cortes na Selic. A pr?xima reuni?o do Copom ocorre em 17 e 18 de setembro. Depois disso, o Copom ainda se re?ne neste ano em outubro e dezembro.
Diante dos sinais que j? haviam sido emitidos pela autoridade monet?ria, economistas ouvidos no mais recente boletim Focus reviram suas expectativas para a Selic neste ano, passando a ver a taxa encerrando o ano em 5,25%, contra 5,5% antes, perspectiva que embute uma redu??o adicional de 0,75 ponto nos juros b?sicos.
O corte na Selic foi o primeiro desde mar?o de 2018 e veio como uma medida para ajudar a dar algum impulso ? an?mica atividade econ?mica, num ambiente de infla??o vista como confort?vel pelo BC -- mensagem que reiterou nesta ter?a-feira.
Nos 12 meses at? julho o IPCA-15, que ? considerado uma pr?via da infla??o oficial, subiu 3,27%, bem abaixo da meta oficial de infla??o do governo para 2019, de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Os dados do IPCA de julho ser?o divulgados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica.
AMBIENTE EXTERNO
Ap?s os mercados globais terem sido abalados na v?spera ap?s a China permitir o rompimento da marca cambial de 7 iuanes por d?lar, desencadeando uma onda de avers?o ao risco pela perspectiva de acirramento da guerra comercial com os Estados Unidos, o BC assinalou na ata que os riscos associados a uma desacelera??o da economia global permanecem.
'Incertezas sobre pol?ticas econ?micas e de natureza geopol?tica ? notadamente as disputas comerciais e tens?es geopol?ticas ? podem contribuir para um crescimento global ainda menor', disse o BC, ap?s ter avaliado que, de maneira geral, o cen?rio externo havia evolu?do de maneira benigna.
O BC lembrou que BCs ao redor do mundo promoveram est?mulos monet?rios adicionais, contribuindo para o afrouxamento das condi??es financeiras globais. No mesmo dia em que a Selic caiu no Brasil, na semana passada, o Federal Reserve, banco central dos EUA, cortou a taxa de juros pela primeira vez desde 2008.
Escrito por Redação
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