BC vê economia crescendo o dobro em 2020, reitera que há espaço para corte nos juros
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Por Marcela Ayres
BRAS?LIA (Reuters) - O Banco Central estimou nesta quinta-feira que a economia brasileira ir? crescer 0,9% este ano e o dobro em 2020 e reiterou que segue vendo espa?o para novo afrouxamento nos juros b?sicos neste cen?rio.
Em seu Relat?rio Trimestral de Infla??o, o BC melhorou ligeiramente sua proje??o de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em rela??o ? taxa de 0,8% estimada antes e previu que a expans?o ser? de 1,8% em 2020.
Em compara??o, economistas consultados pelo BC na mais recente pesquisa Focus veem eleva??o de 0,87% para o PIB neste ano, mas s?o mais otimistas quanto ao desempenho do ano que vem, com crescimento esperado de 2,00%.
Segundo o BC, a perspectiva para 2020, que divulgou pela primeira vez, est? envolta em 'elevado grau de incerteza' e est? tamb?m condicionada ? continuidade das reformas e ajustes na economia.
Pelo lado da oferta, o desempenho dever? ser puxado pela agropecu?ria, com crescimento esperado de 2,6% no ano que vem, sobre 1,8% em 2019. O BC tamb?m v? recupera??o expressiva na ind?stria, com eleva??o de 2,2% em 2020, ante apenas 0,1% neste ano. Para as atividades de servi?os, a expectativa ? de avan?o de 1,4% em 2020, contra 1,0% neste ano.
'A proje??o para o setor secund?rio repercute expectativa de desempenho favor?vel de todos os setores, com destaque para a ind?stria extrativa, refletindo previs?o de aumento da produ??o de petr?leo e de continuidade da recupera??o da produ??o de min?rio de ferro', disse o BC.
J? pelo lado da demanda, o BC v? acelera??o no consumo das fam?lias, com alta de 2,2% em 2020 sobre 1,6% neste ano, e na forma??o bruta de capital fixo --linha ligada aos investimentos das empresas--, que dever? subir 2,9% em 2020, ante 2,6% neste ano.
J? o consumo do governo deve ir para o campo positivo, com alta de 0,5% em 2020, ante retra??o de 0,3% em 2019, apontou o BC. Para as exporta??es e importa??es, a autoridade monet?ria v? avan?o de 1,7% e 1,6% em 2020, respectivamente, contra diminui??o de 0,5% e alta de 1,9% neste ano, tamb?m respectivamente.
Em rela??o ? melhora na estimativa para a atividade econ?mica deste ano, o BC ponderou que o resultado melhor que o esperado para o PIB do segundo trimestre favoreceu o carregamento estat?stico para 2019, contribuindo para a revis?o para cima.
'A proje??o ora apresentada considera ritmo de crescimento ainda lento no terceiro trimestre, em linha com indicadores coincidentes divulgados at? o momento, e acelera??o no quarto trimestre, para a qual deve contribuir o impulso das libera??es extraordin?rias de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi?o (FGTS) e do Programa de Integra??o Social (Pis)/Programa de Forma??o de Patrim?nio do Servidor P?blico (Pasep)', assinalou o BC no relat?rio.
JUROS MAIS BAIXOS ? FRENTE
No documento, o BC tamb?m repetiu mensagem de que v? espa?o para continuidade no ciclo de redu??o da Selic, ap?s o Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) ter cortado a taxa de juros em 0,50 ponto percentual mais cedo neste m?s, ? m?nima hist?rica de 5,50% ao ano.
'O Comit? avalia que a consolida??o do cen?rio benigno para a infla??o prospectiva dever? permitir ajuste adicional no grau de est?mulo (monet?rio)', disse.
O BC destacou tamb?m que as diversas medidas de infla??o subjacente est?o em n?veis considerados confort?veis, inclusive os componentes mais sens?veis ao ciclo econ?mico e ? pol?tica monet?ria.
Mais cedo nesta semana, o IBGE divulgou que o IPCA-15, considerado pr?via da infla??o oficial, acumulou em 12 meses at? setembro uma alta de 3,22%. A meta oficial de infla??o ? de 4,25% pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Escrito por Redação
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