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Bem-vista até por bolsonaristas, Simone Tebet vira opção de 'equilíbrio' para presidir Senado

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Por Ricardo Brito

BRAS?LIA (Reuters) - A l?der do MDB do Senado, Simone Tebet (MS), come?ou a ser vista como uma op??o de equil?brio para presidir a Casa a partir de fevereiro de 2019, em um cen?rio de forte renova??o no Parlamento evidenciada pela derrota de caciques nas urnas e a ascens?o de for?as ligadas ao presidenci?vel Jair Bolsonaro (PSL), favorito nas pesquisas de inten??o de voto para o Pal?cio do Planalto.

Mesmo sem ter feito gesto p?blico de interesse de disputar o cargo, Simone passou a ser abordada ap?s o primeiro turno por colegas do MDB e de outros partidos, como PSDB e PDT, como um potencial nome para comandar o Senado no in?cio do mandato do pr?ximo presidente da Rep?blica, segundo relatou ? Reuters uma fonte com conhecimento das tratativas.

A senadora ? bem vista at? por apoiadores de Bolsonaro, disse outra fonte ligada ao candidato do PSL ? Reuters, sendo considerada como um nome mais palat?vel dentro do MDB para presidir o Senado. Uma eventual escolha dela --em vota??o secreta-- respeitaria a tradi??o da Casa de eleger como presidente o partido de maior bancada. O MDB, apesar de baixas no primeiro turno, ainda se manter? como a principal do Senado em fevereiro, com 12 senadores.

O MDB no Mato Grosso do Sul, diret?rio ao qual a senadora ? ligada, decidiu apoiar no segundo turno na disputa estadual o candidato do PDT ao governo, Odilon de Oliveira, que publicamente defendeu apoio a Bolsonaro.

Nos bastidores, segundo fontes, Simone tem sido apontada como uma esp?cie contraponto ao senador reeleito Renan Calheiros (MDB-AL), nome tamb?m cotado ao posto e que j? presidiu o Senado por quatro vezes. Segundo fonte ligada a Bolsonaro, ele ? considerado como uma esp?cie de 'velha pol?tica' -- foi um dos principais alvos no Congresso envolvidos na opera??o Lava Jato.

Defensor do ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva, a quem chegou a visitar na pris?o em Curitiba PR), o senador tamb?m apoia a candidatura do petista Fernando Haddad, advers?rio de Bolsonaro.

Outros nomes dentro do MDB, como Fernando Bezerra Coelho (PE), e fora dele, como os senadores eleitos Esperidi?o Amim (PP-RS) e Cid Gomes (PDT-CE), s?o citados para a disputa ao comando do Senado.

Nesta quarta-feira, questionado por jornalistas em Bras?lia, Renan disse que n?o ? candidato ao cargo. 'Presid?ncia do Senado n?o ? um fim em si mesmo, ? preciso aguardar o que chegar, entender a complexidade do momento que n?s vivemos no pa?s. Eu quero colaborar na plan?cie', afirmou.

Questionado se iria colaborar com o eventual governo Bolsonaro, o senador disse que vai 'colaborar com o pa?s' e fez um aceno ? colega da bancada. 'O Senado n?o tem escassez de nomes. A senadora Simone Tebet mesmo ? um excelente nome', disse. 'Eu acho que tem que aguardar. Essa discuss?o n?o deve ser tratada antes de fevereiro de 2019', completou.

O deputado federal e senador eleito Major Olimpio (PSL), um dos coordenadores da campanha de Bolsonaro em S?o Paulo, disse ? Reuters que ainda n?o ? o momento para se discutir a respeito da sucess?o na C?mara e no Senado. Ele destacou que o foco ? eleger primeiro Jair Bolsonaro presidente e somente ap?s o segundo turno essa discuss?o vai come?ar a ser feita.

Para Olimpio, debater sucess?o ao comando do Senado ? precoce e n?o quis se manifestar sobre uma eventual candidatura ao cargo por um integrante do MDB. O senador eleito, entretanto, disse que, se fosse eleitor de Alagoas, 'n?o votaria' em Renan.

Escrito por Redação

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