Bolsonaro critica Alckmin por agora querer se passar de 'amigo do agronegócio'
Publicada em
BRAS?LIA (Reuters) - O candidato do PSL ? Presid?ncia, deputado Jair Bolsonaro, atacou nesta ter?a-feira o presidenci?vel do PSDB, Geraldo Alckmin, por se dizer agora 'amigo do agroneg?cio' e disse que o tucano j? recebeu, quando era governador de S?o Paulo, o MST no Pal?cio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
'N?o d?, n?? MST (Movimento Sem Terra) ? terrorismo. O Alckmin era contra o armamento, agora ele ? a favor do armamento do homem no campo. Parab?ns, n?. Ele ? o santo, mas quem t? fazendo milagre sou eu. Entre esses que est?o a? n?o tem nenhum melhor que eu n?o', afirmou o candidato, em entrevista coletiva no Congresso Nacional.
Em outro momento, o presidenci?vel disse acreditar que n?o muda nada o fato de advers?rios terem escolhido vices ligados ao agroneg?cio. Tanto a companheira de chapa de Alckmin, senadora Ana Am?lia (PP), como a de Ciro Gomes (PDT), senadora Katia Abreu, do mesmo partido, t?m liga??es com o setor.
O deputado afirmou que vai manter o 'b?sico' para o setor, garantindo o direito ? propriedade privada que foi 'relativizada' e prote??o contra invas?es do MST. Sinalizou ainda com a libera??o do porte de arma para quem queira se defender e uma 'pol?tica espec?fica' para o furto e roubo de agrot?xico.
Bolsonaro tamb?m chamou Fernando Haddad, coordenador do programa de governo do PT e vice na chapa do ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva, de 'pai do kit gay'. Ironizou o petista dizendo que ele tem uma excelente mensagem e que talvez tenha um 'excelente discurso para os pais'.
Questionado se Haddad ? um bom advers?rio --ele deve assumir a cabe?a de chapa diante da prov?vel impugna??o de Lula pela Lei da Ficha Limpa--, o candidato disse que entrou na disputa para ser campe?o.
'Se n?o fosse uma amea?a, voc?s n?o estariam aqui conversando comigo. N?o sou patinho feito, sou o patinho horroroso. Mas estou h? quatro anos viajando o Brasil', afirmou.
Na v?spera, Haddad apontou como candidaturas a serem batidas as de Alckmin e do ex-ministro Henrique Meirelles (MDB), sem mencionar a do deputado, porque n?o consegue 'visualizar o projeto Bolsonaro'.
Nesta tarde, Bolsonaro disse que n?o precisa de marqueteiro porque tem 15 segundos para fazer a campanha no r?dio e na TV no programa eleitoral. 'O que ele vai fazer para mim? Colocar maquiagem, toma uma maracujina a?', brincou.
VICE
O candidato, admitiu que a advogada Janaina Paschoal seria uma vice 'melhor' em sua chapa, enquanto o nome definido acabou sendo o do general da reserva do Ex?rcito Hamilton Mour?o, filiado ao PRTB.
'Para ganhar voto, a Janaina ? melhor, n?o tenha d?vida', disse ele.
Questionado se o fato de ela ser mulher e uma das subscritoras do pedido de impeachment da ent?o presidente Dilma Rousseff ajudaria na conquista dos votos, Bolsonaro afirmou que 'tudo soma para ela'. 'Era uma blindagem no combate ? corrup??o', destacou.
O candidato disse que Janaina decidiu se dedicar ? fam?lia, por ter filhos. E ironizou: 'se ? mulher (a necessidade de ser vice), bota a minha m?e ent?o, uma senhora de 91 anos maravilhosa.'
O deputado minimizou a pol?mica a respeito das declara??es de Mour?o que, na v?spera, afirmou que o pa?s herdou a 'malandragem' do negro e a 'indol?ncia' do ?ndio. Primeiro, disse que Mour?o ? filho de ?ndia e depois argumentou que esperteza e malandragem s?o a 'mesma coisa'.
'No Rio, todo mundo me chama de carioca malandro toda hora', afirmou ele.
Questionado se o epis?dio n?o poderia manchar a candidatura, Bolsonaro disse que responde pelos seus atos e o vice, pelos dele.
(Reportagem de Ricardo Brito)
Escrito por Redação
SALA DE BATE PAPO