Bolsonaro defende contingenciamento e diz torcer por corte na Selic
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BRAS?LIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quarta-feira o congelamento adicional de 1,4 bilh?o de reais nos gastos do Executivo anunciado pelo governo, e disse que n?o teve escolha ou seria enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal.
?N?o ? corte, ? contingenciamento, tem uma diferen?a grande. Se eu n?o fizer isso, eu entro na Lei de Responsabilidade Fiscal, ? pedalada, eu vou para o impeachment. D? para entender? Eu n?o quero cortar ningu?m. Sou um cara que n?o sou adepto a isso, mas um or?amento geralmente ? superestimado?, afirmou o presidente em entrevista ao sair do Pal?cio da Alvorada para uma viagem a An?polis (GO).
A equipe econ?mica divulgou na noite de ter?a-feira o detalhamento das ?reas atingidas por mais esse contingenciamento. Os minist?rios da Cidadania e Educa??o tiveram os maiores bloqueios, com 619,2 milh?es de reais e 348,4 milh?es de reais, respectivamente.
Na soma dos tr?s contingenciamentos feitos este ano, os Minist?rios da Educa??o e da Defesa tiveram os maiores bloqueios: 6,2 bilh?es na Educa??o e 5,8 bilh?es na Defesa.
Os bloqueios anteriores na ?rea da educa??o --somados a declara??es pol?micas do ministro da Economia, Abraham Weintraub, que chegou a dizer que os cortes seriam feitos nas universidades p?blicas que n?o controlassem a ?balb?rdia? em seus campi-- levaram ?s maiores manifesta??es contra o governo Bolsonaro at? agora.
Questionado se n?o temia as cr?ticas por mais um corte duro na ?rea, Bolsonaro disse que precisava escolher entre a cr?tica e o impeachment.
?Entre uma cr?tica e o impeachment, quer que eu prefira o qu?? Eu tenho que fazer uma op??o, cara. E a op??o, infelizmente, ? essa. Ontem discuti novamente, um corte relativamente pequeno perto da monstruosidade do or?amento, vou ser obrigado a fazer. Tem uma lei e eu tenho que seguir a lei, n?o sou ditador, p??, disse.
JUROS
Bolsonaro disse tamb?m que torce para que a reuni?o do Conselho de Pol?tica Monet?ria (Copom) na noite desta quarta decida por mais um corte na taxa Selic, mas que n?o vai tentar influenciar a decis?o.
?Estou torcendo apenas que caia a taxa de juros. Cada 1 por cento da taxa de juros s?o 40 bilh?es a mais que a gente gasta por ano?, afirmou.
?Eu estou torcendo, mas eu n?o vou influenciar l?. Eu n?o sou o Dilmo de cal?a comprida?, acrescentou, fazendo refer?ncia ? ex-presidente Dilma Rousseff.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
Escrito por Redação
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