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Bolsonaro defende manter decreto de armas, que Senado pode suspender nesta 3ª-feira

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro após cerimônia de hasteamento da bandeira no Palácio do Planalto 18/06/2019 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro após cerimônia de hasteamento da bandeira no Palácio do Planalto 18/06/2019 REUTERS/Adriano Machado

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BRAS?LIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta ter?a-feira a manuten??o do decreto editado por ele que flexibilizou o porte de armas no pa?s, no dia em que o plen?rio do Senado vai votar uma proposta que pode sustar os efeitos da medida.

Bolsonaro argumentou, em entrevista ap?s cerim?nia de hasteamento da bandeira em frente ao Pal?cio do Planalto, que no Brasil atual 'quem est? ? margem da lei est? armado' e a inten??o do decreto ? que os cidad?os tenham direito ? leg?tima defesa, em linha com o que foi decidido na vota??o do Estatuto do Desarmamento.

No in?cio da tarde, o presidente aproveitou breve discurso na cerim?nia de lan?amento do novo Plano Safra para fazer um apelo diretamente aos parlamentares presentes.

'Quero fazer um apelo aqui aos deputados e senadores, nossos eternos aliados... n?o deixem esses dois decretos morrerem na C?mara ou no Senado', disse Bolsonaro no discurso.

'Voc?s sabem o qu?o dif?cil ? produzir nesse pa?s, e a seguran?a tem que estar acima de tudo, ent?o acredito em voc?s, que v?o conversar com os demais colegas para que esses dois decretos n?o caiam', acrescentou.

Na entrevista ap?s a cerim?nia de hasteamento da bandeira, ao ser questionado o que fazer no caso de o Senado derrubar o decreto, o presidente respondeu: 'Eu n?o posso fazer nada. Eu n?o sou ditador, sou democrata.'

A proposta do Senado de sustar os efeitos do decreto, se aprovada, ainda ter? de passar pela C?mara dos Deputados.

ARTICULA??O POL?TICA E PGR

Bolsonaro tamb?m disse na entrevista que a articula??o pol?tica com o Congresso vai melhorar com a escolha do novo ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.

Presente ? solenidade, Ramos --que assumiu o oficialmente o cargo-- vai substituir o general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz, demitido na semana passada ap?s acumular desgastes com o governo.

'? l?gico. Tudo pode melhorar na nossa vida. At? o nosso relacionamento com a imprensa. Estou cada vez mais apaixonado por voc?s', brincou, ao acrescentar que n?o deve haver mudan?as em outros cargos da estrutura da Secretaria de Governo, como a Secretaria de Comunica??o Social.

O presidente deixou em aberto sobre se vai seguir a lista tr?plice para o cargo de procurador-geral da Rep?blica, preparada pela Associa??o Nacional dos Procuradores da Rep?blica (ANPR).

A entidade realiza vota??o interna nesta ter?a-feira, mas n?o h? qualquer obriga??o legal de o presidente seguir a escolha dos tr?s nomes indicados, embora desde 2003 os presidentes da Rep?blica tenham seguido a lista.

'Todos os que est?o dentro ou fora da lista, tudo ? poss?vel, eu vou seguir a Constitui??o', disse. Perguntado novamente, ele disse n?o saber se a escolha vai vir da lista, pois ainda n?o a viu.

Bolsonaro n?o descartou a eventual escolha da atual procuradora-geral da Rep?blica, Raquel Dodge, para permanecer no posto. Dodge n?o se inscreveu na disputa da lista da ANPR.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Escrito por Redação

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