Bolsonaro defende reestruturação de carreira e diz que proposta para militares é profunda
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SANTIAGO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira a proposta de reestrutura??o da carreira das For?as Armadas e de mudan?as nas aposentadorias dos militares, entregue por eles ao Congresso na v?spera, e disse que ela ? mais profunda do que o texto sobre a Previd?ncia dos servidores civis e da iniciativa privada.
No Chile, onde se reunir? com o presidente Sebasti?n Pi?era e participar? de encontro com presidentes da Am?rica do Sul com vistas a criar um novo bloco regional, Bolsonaro disse que uma medida provis?ria editada em 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso, tirou praticamente todos os direitos dos militares e que isso precisa ser levado em conta na an?lise da nova proposta para a categoria.
'Ontem quando eu entreguei a proposta pessoalmente para o presidente Rodrigo Maia, eu pedi aos parlamentares, haviam muitos l?, muitas lideran?as, que levassem em conta uma medida provis?ria que h? 19 anos est? sem ser votada', disse Bolsonaro, que ? capit?o da reserva do Ex?rcito, aos jornalistas.
'Essa medida provis?ria foi muito fundo na quest?o da reforma previdenci?ria em 2000, que teria que ser feita, segundo o governo FHC na ?poca, para todos os Poderes. Acabou sendo feita para n?s. Ent?o juntando a medida provis?ria 2215 com a proposta encaminhada ontem, a proposta de reforma para os militares ? muito mais profunda do que a PEC entregue h? poucas semanas no Parlamento.'
Pouco depois, o presidente reiterou esses argumentos ao defender a proposta para os militares durante transmiss?o ao vivo nas redes sociais.
A inclus?o de uma reestrutura??o da carreira das For?as Armadas na proposta de mudan?as nas aposentadorias dos militares gerou cr?ticas at? mesmo entre aliados do governo Bolsonaro, que avaliaram que a medida pode levar outras categorias a buscar o mesmo benef?cio.
PESQUISA, PINOCHET E 1964
Na chegada ao Chile, Bolsonaro tamb?m minimizou a pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira que apontou queda de 15 pontos na avalia??o positiva de seu governo desde janeiro, assim como uma queda de 16 pontos na aprova??o de seu desempenho pessoal. [nL1N2171K5]
Para Bolsonaro, o levantamento do Ibope n?o tem credibilidade.
?Essas pesquisas agora t?m o mesmo valor das pesquisas eleitorais do ano passado. V?rios ?rg?os de pesquisa conhecidos diziam que eu perderia para todo mundo no segundo turno. N?o estou preocupado com pesquisas porque tamb?m n?o t?m credibilidade no Brasil?, disse o presidente.
Admirador declarado admirador do regime militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985 e de l?deres autorit?rios, como o ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner, a quem chamou recentemente de 'estadista', Bolsonaro esquivou-se de comentar sobre o ex-ditador chileno Augusto Pinochet.
'Eu n?o vim aqui falar sobre Pinochet. Tem muita gente que gosta dele, gente que n?o gosta', disse o presidente. Entretanto, ele voltou a defender o per?odo militar no Brasil iniciado em 1964 ao afirmar que o ent?o presidente, Jo?o Goulart, foi deposto pelo Congresso Nacional, n?o pelos militares.
'Eu estou dizendo para voc?s que quem cassou Jo?o Goulart na ?poca n?o foram os militares, foi o Congresso Nacional no dia 2 de abril de 1964', disse Bolsonaro.
'Essa quest?o... tem que ser levada ? luz da verdade... N?o podemos dar voz ? esquerda que sempre tem um lado pra dizer que aquele lado estava certo e n?o o outro', acrescentou.
Goulart deixou Bras?lia em dire??o ao Rio Grande do Sul ap?s um levante militar no dia 31 de mar?o de 1964 e, antes mesmo de ele deixar o pa?s rumo ao ex?lio, o Congresso declarou vaga a Presid?ncia.
(Por Fabian Cambero)
Escrito por Redação
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