Bolsonaro diz acreditar em arquivamento de inquérito no STF
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BRAS?LIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira acreditar no arquivamento do inqu?rito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suposta interfer?ncia dele na Pol?cia Federal, e voltou a negar inger?ncia nos trabalhos da corpora??o.
Em nota oficial, Bolsonaro disse que considera 'levianas' as afirma??es sobre interfer?ncia na PF e defendeu uma atua??o por uma 'verdadeira independ?ncia e harmonia entre as institui??es da Rep?blica, com respeito m?tuo'.
'Nunca interferi nos trabalhos da Pol?cia Federal. S?o levianas todas as afirma??es em sentido contr?rio. Os depoimentos de in?meros delegados federais ouvidos confirmam que nunca solicitei informa??es a qualquer um deles', disse o presidente, na nota.
'Por quest?o de Justi?a, acredito no arquivamento natural do Inqu?rito que motivou a divulga??o do v?deo', referindo-se ao registro de reuni?o ocorrida em 22 de abril, requisitado pela Justi?a no inqu?rito que investiga uma tentativa de interfer?ncia do presidente na PF e divulgado na ?ltima sexta-feira.
O presidente disse ainda, na nota, esperar que o 'assunto' referente ao inqu?rito seja tratado com 'responsabilidade e serenidade'.
A manifesta??o de Bolsonaro ocorre no dia em que veio a p?blico a admiss?o, em of?cio encaminhado pela Secretaria-Geral da Presid?ncia da Rep?blica ? Pol?cia Federal, que a assinatura do ent?o ministro da Justi?a, Sergio Moro, foi usada sem a autoriza??o dele no ato de exonera??o do ent?o diretor-geral da Pol?cia Federal, Maur?cio Valeixo, publicada no Di?rio Oficial da Uni?o (DOU).
O documento refor?a a acusa??o de Moro, em pronunciamento quando deixou o cargo no m?s passado e em depoimento posterior ? PF, que n?o havia assinado a exonera??o de Valeixo, publicada no DOU no dia 24 de abril 'a pedido'.
A Secretaria-Geral afirma que a praxe da administra??o p?blica ? colocar o nome do presidente da Rep?blica e, em seguida, do ministro da ?rea ? no caso, o da Justi?a ? independentemente da autoriza??o do pr?prio.
O ?rg?o acrescentou que, diante da discord?ncia externada por Moro, 'deliberou-se internamente em republicar o ato' para adicionar as assinaturas dos ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto, e da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira.
Nesta manh?, Bolsonaro se convidou e foi ? sede da Procuradoria-Geral da Rep?blica (PGR). Trocou r?pidas palavras de cumprimento com o procurador-geral da Rep?blica, Augusto Aras, e outros presentes ? solenidade de posse do novo procurador Federal dos Direitos do Cidad?o, subprocurador Carlos Vilhena, posando para fotos, segundo a assessoria do ?rg?o.
Na avalia??o de uma fonte da PGR, o presidente est? fazendo press?o em raz?o de reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta segunda em que, segundo procuradores da equipe de Aras, Bolsonaro pode ter cometido crime de advocacia administrativa na quest?o da troca de cargos de comando da Pol?cia Federal.
H? 10 dias, reportagem da Reuters citou que a PGR teria elementos para oferecer uma den?ncia contra o presidente pelos crimes de advocacia administrativa e prevarica??o ? delitos de menor potencial ofensivo ? no caso referente ?s den?ncias feitas por Moro, na avalia??o de duas fontes do MPF.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito)
Escrito por Reuters
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