Bolsonaro diz que governo não vai insistir com CPMF agora, mas que Parlamento pode discutir tributo
Bolsonaro diz que governo não vai insistir com CPMF agora, mas que Parlamento pode discutir tributo
Redação
17/09/2019
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reafirmou na segunda-feira que o governo n?o vai insistir em um imposto nos moldes da antiga CPMF agora, mas afirmou que tanto o povo como o Parlamento podem discutir o tema.
'Eu decidi que n?o se toca mais nesse assunto, at? porque ? um imposto contaminado', disse Bolsonaro em entrevista ao Jornal da Record.
Questionado se CPMF 'de jeito nenhum', Bolsonaro disse que o tributo n?o pode ser uma proposta do governo.
'Voc? pode at? falar da CPMF, deixar o povo discutir, deixar o Parlamento discutir, agora n?o pode ser uma proposta do governo, porque para voc? desfazer tudo que aconteceu no tocante ? CPMF ? quase imposs?vel', disse. 'N?s n?o vamos insistir nesse imposto agora.'
Bolsonaro repetiu que a demiss?o de Marcos Cintra da Secretaria da Receita Federal se deveu ? discuss?o p?blica sobre a CPMF, mas salientou que a exonera??o foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
'A ?nica interfer?ncia minha agora na Receita ? que eu quero algu?m da Receita para estar ? frente da Receita', disse.
Na entrevista, o presidente disse tamb?m que ir? usar o discurso na Assembleia Geral da ONU na pr?xima semana para refor?ar a soberania do Brasil, assim como o potencial que o pa?s tem e o que representa para o mundo.
Ao ser questionado sobre recente declara??o de seu filho Carlos, que disse que por vias democr?ticas as transforma??es n?o ocorrer?o na velocidade desejada, o presidente disse que ele falou o ?bvio, porque a democracia ? naturalmente mais lenta.
'Uma opini?o dele, ele tem raz?o. Se fosse em Cuba ou na Coreia do Norte j? n?o teria aprovado tudo quanto ? reforma, n?, sem Parlamento? Demora porque tem a discuss?o, isso ? natural', disse.
'Muita gente nos pressiona como se tivesse o poder de influenciar o Parlamento brasileiro, n?o tenho esse poder e nem quero ter esse poder em nome da democracia', acrescentou o presidente.
(Por Alexandre Caverni, em S?o Paulo)
Redação