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Bolsonaro diz que médicos cubanos têm situação de quase escravidão e reitera promessa de asilo

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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que os m?dicos cubanos que trabalham no Brasil por meio do programa Mais M?dicos s?o submetidos a situa??o de quase escravid?o, e reiterou que aqueles que pedirem asilo pol?tico no Brasil ser?o atendidos por seu governo.

'? uma situa??o de praticamente escravid?o que est?o sendo submetidos os m?dicos e as m?dicas cubanas no Brasil. Imaginou confiscar da senhora 70 por cento do seu sal?rio?', disse Bolsonaro a jornalistas em entrevista coletiva durante visita ao 1? Distrito Naval, no centro do Rio de Janeiro.

'Cubano que pedir asilo aqui justifica, no meu entender, pela ditadura da ilha, ter? o asilo concedido da minha parte', acrescentou.

O governo cubano anunciou na quarta-feira que vai retirar todos os m?dicos do pa?s que participam do Mais M?dicos depois que Bolsonaro afirmou que vai modificar os termos da iniciativa e estabeleceu condi??es ao governo cubano.

Nesta sexta-feira, Bolsonaro repetiu as exig?ncias e afirmou ter ouvido 'barbaridades' sobre os m?dicos cubanos.

'Eu n?o sou presidente ainda, mas se fosse exigiria isso. Um Revalida presencial, assistir o m?dico atender o povo, porque o que n?s temos ouvido, de muitos relatos, s?o verdadeiras barbaridades', afirmou. 'Queremos o sal?rio integral e queremos o direito a trazer a fam?lia para c?. Isso ? pedir muito?'.

Como parte do programa Mais M?dicos, os profissionais de Cuba ficam com 25 por cento dos mais de 3.000 d?lares pagos pelo Brasil ? ilha por cada m?dico por m?s, com 75 por cento ficando com o governo de Havana.

A Confedera??o Nacional de Munic?pios (CNM) lamentou a decis?o de Cuba e afirmou que a situa??o pode levar a um 'estado de calamidade p?blica' em regi?es brasileiras onde h? escassez ou at? aus?ncia de atendimento m?dico.

Segundo a CNM, 1.575 munic?pios atendidos pelo Mais M?dicos contam apenas com m?dicos cubanos, que atendem em todo o Brasil mais de 28 milh?es de pessoas.

'Nesse sentido, a CNM aposta no di?logo entre as partes para os m?dicos cubanos permanecerem no pa?s pelo menos at? o final deste ano ou, se poss?vel, por tempo maior a ser acordado entre os dois pa?ses', afirmou a confedera??o na quinta-feira em comunicado.

Para substituir os 8.332 m?dicos cubanos que deixar?o o pa?s ainda este ano, o Minist?rio da Sa?de realizar? edital para selecionar profissionais brasileiros, que devem ser convocados ainda em novembro, informou a pasta em nota.

O minist?rio realizar? reuni?o com a Organiza??o Pan-Americana de Sa?de (Opas) nesta sexta-feira para finalizar a proposta do edital.

MARINHA

Ainda na visita desta sexta-feira ao 1? Distrito Naval, Bolsonaro afirmou, ap?s se reunir com o comandante da Marinha, Eduardo Bacellar, que o almirante foi convidado para assumir o Minist?rio da Defesa, mas rejeitou o convite por quest?es pessoais.

Segundo Bolsonaro, o Bacellar estar? em 'nosso cora??o' durante todo tempo que ele permanecer na Presid?ncia da Rep?blica, mesmo sem ocupar formalmente um cargo no governo.

'Sempre o procurarei para que boas decis?es sejam tomadas, em especial na ?rea aqui da nossa Marinha', disse.

O general da reserva do Ex?rcito Fernando Azevedo e Silva foi anunciado na ter?a-feira como futuro ministro da Defesa.

Anteriormente, Bolsonaro havia falado em indicar algu?m da Marinha para a pasta, uma vez que o pr?ximo governo j? tem diversos nomes do Ex?rcito e tamb?m um ministro da Aeron?utica.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Escrito por Redação

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