Bolsonaro diz que militares e sociedade juntos podem deixar Brasil melhor

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro pediu nessa quarta-feira apoio da sociedade para que junto com as For?as Armadas se consiga elevar o Brasil a uma condi??o melhor do que a deixada a ele pelos governos anteriores.

O aceno ?s For?as Armada ocorre em meio a um disputa, via redes sociais, entre o escritor Olavo de Carvalho e seus seguidores e integrantes do n?cleo militar do governo --entre eles o ministro Santos Cruz, da Secretaria de Governo, e o general Villas B?as, assessor do Gabinete de Seguran?a Institucional (GSI).

Em um breve discurso durante solenidade para comemorar a vit?ria dos aliados sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial, Bolsonaro disse que acredita nos militares e no povo brasileiro.

'Eu acredito nas For?as Armadas Brasileiras, n?s acreditamos no povo brasileiro e juntos poderemos sim fazer um Brasil diferente do que nos foi legado nos ?ltimos anos', disse o presidente em evento no monumento dos Pracinhas, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro reiterou parte de seu discurso na ?ltima segunda-feira no col?gio militar, ao afirmar que quer que os filhos de hoje sejam melhores que seus pais. 'N?s acreditamos no Brasil', finalizou.

Mais tarde, em um tumultuada entrevista coletiva, Bolsonaro se recusou a falar sobre as pol?micas constantes entre olavistas e militares. ?Voc? n?o tem pergunta mais inteligente para fazer? Pelo amor de Deus, faz outra pergunta a?.?

Ele voltou a se incomodar com uma pergunta sobre as mortes em opera??es da pol?cia no governo do governador do Rio, Wilson Witzel. ?Nessa linha vai acabar a entrevista?, amea?ou ele.

Sobre o decreto de porte de armas, assinado na v?spera, mas detalhado nesta quarta-feira, o presidente comentou apenas sobre a amplitude da medida.

?N?o posso ir al?m da lei e tudo que poderia ser concedido por decreto fizemos e estamos cumprindo dessa forma uma manifesta??o popular em 2005 por ocasi?o do referendo em que a popula??o decidiu pelo direito ? leg?tima defesa?, disse.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)