Bolsonaro e Haddad vão disputar 2º turno
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Por Eduardo Sim?es e Mateus Maia
S?O PAULO/BRAS?LIA (Reuters) - A elei??o presidencial deste ano ter? segundo turno entre os advers?rios Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), no que deve ser uma disputa plebiscit?ria entre antipetismo e petismo.
Com 96,06 por cento das se??es eleitorais apuradas, Bolsonaro tem 46,66 por cento dos votos, enquanto Haddad aparece com 28,43 por cento. Ciro Gomes (PDT) tem 12,52 por cento, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) soma 4,82 por cento, mostraram dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Assim, Bolsonaro, que tem encarnado o antipetismo nos ?ltimos anos e, nesta elei??o, consolidou-se como principal nome do antagonismo ao PT, enfrentar? Haddad, ungido ? cabe?a de chapa do PT pelo ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva, depois de o ex-presidente ter a candidatura barrada pelam Justi?a Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.
Os dois candidatos registraram ?ndice elevado de rejei??o entre o eleitorado, segundo pesquisas de opini?o, o que dever? implicar em uma escolha pelo menos pior por parte do eleitorado.
'Muito provavelmente n?s vamos ter uma elei??o de segundo turno que vai estar muito mais marcada por elementos negativos --quer dizer, Haddad tentando desconstruir Bolsonaro e Bolsonaro tentando desconstruir Haddad-- do que de fato por uma l?gica de valores positivos', disse o cientista pol?tico Creomar de Souza, da Universidade Cat?lica de Bras?lia.
Ap?s a confirma??o de que enfrentar? Bolsonaro no segundo turno, Haddad disse que se sente desafiado com os resultados das urnas devido ao que afirmou serem riscos ? democracia do Brasil. Ele tamb?m afirmou que pretende unir os democratas do pa?s na campanha de segundo turno.
Em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde aliados do ex-capit?o do Ex?rcito acompanharam a apura??o, havia um forte esquema de seguran?a e um misto de conformismo e desapontamento com o fato de o candidato do PSL n?o ter sido eleito neste domingo.
Em v?deo transmitido ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro voltou a colocar em d?vida a confiabilidade das urnas eletr?nicas, disse que se 'problemas' n?o tivessem ocorrido, o presidente teria sido definido nesta noite. Ele tamb?m afirmou que o segundo turno n?o ser? f?cil e fez uma prega??o contra o socialismo e o comunismo.
'N?o podemos dar um passo ? esquerda', afirmou.
Entre os derrotados neste domingo, Ciro disse que ainda far? reuni?es para definir seu posicionamento no segundo turno, mas descartou apoio a Bolsonaro, lembrando que tem hist?rico de defesa da democracia e contra o fascismo.
'Ele n?o, sem d?vida', disse Ciro a jornalistas em Fortaleza, onde acompanhou a apura??o.
Em S?o Paulo, onde tamb?m acompanhou a apura??o com aliados, Alckmin manifestou respeito pela decis?o do povo.
Ao longo do domingo, os cerca de 147 milh?es de brasileiros aptos a votar foram ?s urnas em clima de tranquilidade, mas o alto n?vel de polariza??o da campanha tamb?m se refletiu no sentimento dos eleitores.
'A gente est? em um mato sem cachorro. Eu tenho 42 anos, nunca passei por uma eleicao que tivesse tanta dificuldade de escolher um candidato. E isso demonstra nossa realidade, onde a gente espera que exista um super-her?i e eles s? est?o nos quadrinhos', disse a contadora Veronica Mazzaro, que n?o declarou voto.
(Reportagem adicional de Ricardo Brito, em Bras?lia, Lisandra Paraguassu e Tatiana Ramil, em S?o Paulo, e Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)
Escrito por Redação
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