Bolsonaro passará por cirurgia em 28/01 para retirar bolsa de colostomia, diz médico

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro passar? por cirurgia no dia 28 de janeiro para retirar a bolsa de colostomia que usa desde que foi alvo de uma facada em setembro, disse ? Reuters o cirurgi?o Antonio Macedo nesta ter?a-feira.

Segundo o m?dico, a interven??o a ser realizada no hospital Albert Einstein, em S?o Paulo, ? 'corriqueira' e deve ter dura??o de 3 horas, mas Bolsonaro precisar? de repouso absoluto de aproximadamente 10 dias para se recuperar.

?Ele interna no dia 27 e opera dia 28', disse Macedo por telefone.

?Ele vai poder governar se assim entender, mas a recomenda??o ? n?o sair de casa por conta da imunidade mais baixa. Deve ficar no repouso domiciliar, mas como ele ? forte e muito positivo, deve se recuperar logo?, acrescentou.

Nas redes sociais, muitas pessoas manifestaram preocupa??o com a interven??o em Bolsonaro e temem que a hist?ria do ex-presidente Tancredo Neves se repita.

Em 1985, ap?s ser eleito indiretamente, Tancredo apresentou um quadro de forte dores abdominais que o levaram a ser internado na v?spera de sua posse. Tancredo acabou morrendo v?tima de infec??o generalizada ap?s ser submetido a uma s?rie de cirurgias. Quem assumiu a Presid?ncia foi o ent?o vice-presidente Jos? Sarney.

Macedo destaca que o problema de sa?de de Bolsonaro ? distinto do que tinha Tancredo e afirmou que n?o h? risco da hist?ria se repetir.

?N?o tem que pensar em Tancredo Neves. Na ocasi?o houve uma s?rie de problemas na condu??o do caso... O doente sofre a s?ndrome de Tancredo quando n?o h? consenso. Aqui n?o ? o caso. H? uniformidade e estrutura?, disse ele.

?? uma cirurgia simples a do Bolsonaro. N?o estamos falando de c?ncer de p?ncreas ou outro tipo.?

Desde setembro do ano passado, Bolsonaro usa uma bolsa de colostomia ap?s levar uma facada no abd?men quando fazia um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O autor do ataque foi imediatamente detido e est? atualmente preso no pres?dio federal em Campo Grande (MS).

(Por Rodrigo Viga Gaier)