Brasil ainda enfrenta problemas de respiradores e busca aproximação com China
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BRAS?LIA (Reuters) - O ministro da Sa?de, Luiz Henrique Mandetta, voltou a afirmar nesta ter?a-feira que o governo tem encontrado dificuldades no mercado externo para comprar equipamentos e insumos hospitalares para abastecer estoques de hospitais brasileiros em meio ? pandemia do Covid-19, e disse que pediu ajuda da embaixada chinesa para concretizar negocia??es com empresas do pa?s.
Em entrevista coletiva no Pal?cio do Planalto, Mandetta detalhou iniciativas que o governo tem tomado para estreitar a rela??o com a China, pa?s que ? o principal fornecedor mundial desses equipamentos e que foi o primeiro epicentro do novo coronav?rus.
O ministro da Sa?de disse que ainda nesta ter?a teria uma teleconfer?ncia 'muito importante' com a China a fim de trazer 40 milh?es de m?scaras adquiridas daquele pa?s. Ele disse que as negocia??es que est?o sendo feitas v?o garantir um abastecimento 'razo?vel'.
'Continuamos com dificuldade no mercado chin?s para garantir essas compras', disse Mandetta, acrescentando que tamb?m est? buscando recorrer a fornecedores internos.
Mandetta ressaltou que o governo tem encontrado 'problemas s?rios' em rela??o aos respiradores, uma vez que ainda n?o est? confirmada compra de equipamentos feita no exterior.
O ministro disse que conversou mais cedo por telefone com o embaixador chin?s no Brasil, Wanming Yang, para buscar apoio sempre que o Brasil fechar compras de equipamentos no pa?s asi?tico.
Mandetta afirmou que o governo, em cada contrato que est? para ser fechado com fornecedores chineses, buscar? contar com o apoio da embaixada da China. Ele destacou que esse esfor?o comum dos dois pa?ses neste momento visa garantir que os equipamentos cheguem ao Brasil.
Na semana passada, o ministro reclamou que compras feitas pelo Brasil estavam sendo atravessadas pelos Estados Unidos, que inclusive teriam enviado avi?es militares para buscar equipamentos no pa?s asi?tico. Nesta ter?a-feira, o embaixador dos EUA em Bras?lia, Todd Chapman, negou que o pa?s tenha comprado material destinado ao Brasil. [nL1N2BV12H]
Antes da entrevista de Mandetta, a embaixada da China no Brasil havia publicado em seu Twitter informa??o sobre a conversa de ambos, dizendo que trocaram opini?es sobre o fortalecimento da coopera??o entre os dois pa?ses no combate ao novo coronav?rus.
Em outra postagem, a embaixada disse que m?dicos especialistas e a equipe do Hospital Huoshenshan, que combateram o Covid-19 na linha de frente em Wuhan, conversaram com representantes do Minist?rio da Sa?de sobre?experi?ncias e informa??es de preven??o de epidemias.
As duas publica??es, com a hashtag 'ChinaBrasilJuntos', foram postadas um dia ap?s um incidente diplom?tico envolvendo o ministro da Educa??o, Abraham Weintraub, e a China.
A embaixada da China em Bras?lia divulgou nota em sua conta no Twitter em que afirmou repudiar e classificou de ?racista? publica??o feita por Weintraub, na qual ele ridicularizou o sotaque de chineses falando portugu?s.
O ministro, contudo, rebateu a acusa??o e disse que s? pedir? desculpas se a China enviar ao Brasil respiradores a pre?o de custo.
A China ? o maior parceiro comercial no Brasil e no momento o Minist?rio da Sa?de e Estados buscam comprar insumos m?dicos, como equipamentos de prote??o individual e respiradores, daquele pa?s para ajudar no combate ao coronav?rus. A China ? a maior fornecedora desses insumos no mundo.
(Por Ricardo Brito)
Escrito por Reuters
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