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Brasil desiste de sediar Conferência do Clima e alega restrições orçamentárias

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Por Lisandra Paraguassu

BRAS?LIA (Reuters) - O Itamaraty confirmou nesta quarta-feira que o governo brasileiro desistiu de sediar a pr?xima COP-25, a Confer?ncia das Partes sobre mudan?as clim?ticas, prevista para novembro de 2019, alegando dificuldades or?ament?rias.

O Brasil havia apresentado sua candidatura em outubro deste ano, com o endosso dos pa?ses da Am?rica Latina e Caribe, sob a alega??o que, com a rota??o tradicional das sedes, caberia ? regi?o receber a confer?ncia. A decis?o seria tomada na pr?xima semana pelo painel de mudan?as clim?ticas da Organiza??o das Na??es Unidas, em reuni?o na Pol?nia.

? ?poca, o governo brasileiro afirmou que a candidatura 'confirma o papel de lideran?a mundial do pa?s em temas de desenvolvimento sustent?vel, em especial no que se refere ? mudan?a do clima, e reflete o consenso da sociedade brasileira sobre a import?ncia e a urg?ncia de a??es que contribuam no combate ? mudan?a do clima.'

Na ter?a-feira, em uma carta enviada ? secret?ria-executiva da Conven??o da ONU sobre Mudan?a do Clima, Patr?cia Espinosa, o governo brasileiro informou da sua desist?ncia em sediar a COP-25, alegando quest?es or?ament?rias e a posse de um novo governo em 2019.

'O governo brasileiro conduziu an?lise minuciosa dos requisitos para sediar a COP 25. A an?lise enfocou, em particular, as necessidades financeiras associadas ? realiza??o do evento', informou o Itamaraty ap?s questionamento da Reuters.

'Tendo em vista as atuais restri??es fiscais e or?ament?rias, que dever?o permanecer no futuro pr?ximo, e o processo de transi??o para a rec?m-eleita administra??o, a ser iniciada em 1? de janeiro de 2019, o governo brasileiro viu-se obrigado a retirar sua oferta de sediar a COP 25'.

Os recursos previstos para receber a confer?ncia j? estavam previstos no Or?amento de 2019, mas a disposi??o do novo governo com as quest?es das mudan?as clim?ticas ? bastante diferente dos governos brasileiros at? hoje.

Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Jair Bolsonaro amea?ou sair do Acordo de Paris, assinado ainda no governo de Dilma Rousseff, mas ratificado em 2016, j? no governo de Michel Temer --que comemorou ser o primeiro presidente a depositar a ratifica??o na ONU.

O chanceler indicado por Bolsonaro, Ernesto Ara?jo, tamb?m n?o mostra apre?o pelo tema. Em um dos textos em seu blog, Ara?jo afirma que h? um 'alarmismo clim?tico' e que se criou um 'dogma' do aquecimento global, 'apesar das evid?ncias em contr?rio'.

Escrito por Redação

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