Brasil mantém política de não intervenção e avalia que apoio a Guaidó é menor que anunciado
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Por Lisandra Paraguassu
BRAS?LIA (Reuters) - O governo brasileiro n?o tem clareza do tamanho do apoio militar ao autoproclamado presidente Juan Guaid?, que parece ser menor do que o inicialmente anunciado, e mant?m a posi??o de n?o interven??o nos assuntos internos da Venezuela, afirmou o ministro do Gabinete de Seguran?a Institucional, general da reserva Augusto Heleno.
O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reuni?o no in?cio deste tarde para discutir a crise venezuelana com o vice-presidente Hamilton Mour?o e os ministros Heleno, Fernando Azevedo (Defesa) e Ernesto Ara?jo (Rela??es Exteriores). O encontro foi r?pido e serviu para reafirmou a posi??o de n?o interven??o do Brasil na crise do pa?s vizinho.
De acordo com Heleno, o governo vai aguardar os acontecimentos e est? analisando hip?teses para o resultado da crise venezuelana.
'A posi??o do governo n?o vai se modificar. Desde o in?cio, o governo tem adotado uma postura bastante prudente, cuidadosa, tomando a posi??o correta que ? apoiar o presidente Guaid? e vai seguir nessa posi??o aguardando os acontecimentos', disse o ministro.
Heleno levantou d?vidas sobre o sucesso da opera??o armada por Guaid? e disse n?o haver uma expectativa de solu??o no curto prazo.
A avalia??o do governo brasileiro ? que o apoio militar a Guaid? ? menor do que anunciado pelo pol?tico venezuelano ao chamar a popula??o para tomar as ruas.
'Essa ? a grande inc?gnita dessa situa??o. No in?cio desta situa??o, quando se caracterizou uma antecipa??o do movimento que estava previsto para amanh? n?o se percebeu movimenta??o militar, mas foi anunciado pelo Guaid? um maci?o apoio. Logo depois isso foi colocado na dimens?o correta. Ou seja, havia algum apoio, mas n?o chegava a atingir os altos escal?es', avaliou Heleno.
O general considera que h? um apoio ao autoproclamado presidente venezuelano, mas que pode ser mais 'quantitativo e n?o qualitativo'.
'N?o sabemos a quantidade e a qualidade desse apoio. O que tem parecido ? que esse apoio tenha um valor quantitativo mas qualitativo ele ainda n?o foi expressado. N?o ouvimos de nenhum chefe militar um apoio ao presidente Guaid?', disse. Ao contr?rio, lembrou o general, no in?cio da tarde foram divulgadas fotos de comandantes das for?as armadas venezuelanas dando apoio a Maduro.
'De manh? parecia que as coisas iriam se encaminhar para uma solu??o, mas ao longo do tempo n?o se transformou em massifica??o do movimento, explicou Heleno. 'Temos a impress?o de que o lado de Guaid? ? fraco militarmente.'
O ministro avalia que a situa??o no pa?s vizinho ainda est? longe de uma solu??o.
O vice-presidente Hamilton Mour?o, que tamb?m participou da reuni?o, confirmou que as informa??es que o governo brasileiro teve acesso at? agora mostram uma situa??o confusa e ? preciso aguardar uma defini??o do cen?rio.
Mour?o, que j? foi adido militar em Caracas, diz que os oposicionistas Guaid? e Leopoldo L?pez foram para 'o tudo ou nada.'
'Foram para uma situa??o que n?o tem mais volta, n?o h? mais recuo. Depois disso ou eles v?o ser presos ou Maduro vai embora', disse.
Escrito por Redação
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