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Taxa de desemprego sobe a 11,6% no tri até fevereiro e Brasil tem mais de 12 mi de desempregados

Placeholder - loading - 29/03/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
29/03/2019 REUTERS/Amanda Perobelli

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Por Camila Moreira

S?O PAULO (Reuters) - O Brasil voltou a superar 12 milh?es de desempregados no trimestre at? fevereiro e a taxa de desemprego chegou a 11,6% no per?odo, em um cen?rio de aumento das demiss?es e procura por trabalho, que deve ser afetado nos pr?ximos meses pelas medidas de conten??o do coronav?rus.

Os dados da Pnad Cont?nua que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) divulgou nesta ter?a-feira mostram alta da taxa de desemprego ante a leitura de 11,2% no trimestre at? novembro. No mesmo per?odo de 2019 a taxa era de 12,4%.

'N?o t?nhamos visto essa revers?o em janeiro, no entanto, ela veio agora no m?s de fevereiro, provocada por uma queda na quantidade de pessoas ocupadas e um aumento na procura por trabalho?, disse em nota a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Nos tr?s meses at? janeiro a taxa de desemprego havia ficado em 11,2%. O resultado de fevereiro igualou a mediana das previs?es em pesquisa da Reuters.

O mercado de trabalho brasileiro iniciou 2020 em condi??es melhores do que em anos anteriores, mas pode sofrer novo rev?s depois de a pandemia do coronav?rus ter levado ao fechamento de lojas e com?rcios.

'Ante a expectativa de contra??o do PIB, espera-se um aumento da taxa de desemprego para pelo menos 15%, sendo que os riscos est?o claramente para cima', disse o estrategista-chefe do modalmais, Felipe Sichel, em nota.

Os impactos sobre a economia do coronav?rus ainda s?o incertos, dado que a necessidade de isolamento em muitos locais ainda permanece.

Entre dezembro e fevereiro, o n?mero de desempregados no pa?s era de 12,343 milh?es, alta de 4,0% sobre o per?odo de setembro a novembro e queda de 5,4% sobre o ano anterior.

De acordo com o IBGE, o aumento ante o trimestre imediatamente anterior veio dos setores de constru??o (-4,4%), administra??o p?blica (-2,3%) e servi?os dom?sticos (-2,4%), diferentemente de outros anos quanto tradicionalmente o com?rcio costuma demitir os contratados para o Natal.

Por outro lado, o total de pessoas ocupadas foi a 93,710 milh?es, contra 94,416 milh?es no trimestre imediatamente anterior e 91,880 milh?es em 2019.

Nos tr?s meses at? fevereiro, os trabalhadores com carteira assinada atingiram 33,624 milh?es, contra 33,420 milh?es no trimestre at? novembro.

J? os empregados sem carteira no setor privado somavam 11,644 milh?es, sobre 11,812 milh?es no per?odo anterior.

A taxa de informalidade, por sua vez, caiu de 41,1% no trimestre de setembro a novembro para 40,6% no trimestre encerrado em fevereiro, mais ainda representava um total de 38 milh?es de informais --trabalhadores sem carteira, trabalhadores dom?sticos sem carteira, empregadores sem CNPJ, os conta pr?pria sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.

?A gente ainda vive sob a influ?ncia do m?s de dezembro, em que tivemos um desempenho muito bom das contrata??es com carteira trabalho. Muitas pessoas foram contratadas via carteira de trabalho no com?rcio, o que deu um pouco mais de consist?ncia aos dados de formalidade', explicou Adriana.

O rendimento m?dio do trabalhador chegou a 2.375 reais nos tr?s meses at? fevereiro, de 2.373 reais at? novembro.

?? medida que se tem um contingente menor de trabalhadores na informalidade, permanecem no mercado pessoas em atividades mais formalizadas e com melhores remunera??es, em setores como a ind?stria e alguns segmentos do com?rcio', disse Adriana.

Escrito por Reuters

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