Brasil fecha 3º tri com taxa de desemprego de 11,8% e recorde da informalidade
Publicada em
Atualizada em
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/S?O PAULO (Reuters) - A taxa de desemprego do Brasil fechou o terceiro trimestre em 11,8% com aumento no n?mero de pessoas ocupadas, por?m em um mercado de trabalho marcado por novo recorde da informalidade.
Essa foi a terceira vez seguida que o dado ficou em 11,8%, depois de ter terminado no mesmo n?vel os tr?s meses at? agosto e at? julho, segundo os dados informados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).
Entretanto, na compara??o trimestral houve recuo j? que o desemprego estava em 12,0% no segundo trimestre.
Ainda assim, o resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 11,6% por cento no per?odo, segundo a mediana das proje??es.
'A queda de 12% para 11,8% ? significativa e merece destaque, mas o desemprego vem caindo via informalidade. Essa ? a marca', destacou Adriana Beringuy, analista de trabalho e renda do IBGE.
No mesmo per?odo do ano anterior, a taxa de desemprego havia ficado em 11,9%.
No terceiro trimestre, o total de pessoas ocupadas bateu recorde ao atingir 93,801 milh?es, de 93,342 milh?es no segundo trimestre e 92,333 milh?es no ano anterior.
O mercado de trabalho registrou abertura de vagas, por?m atrav?s da informalidade. Tanto o n?mero de empregados sem carteira quanto de trabalhadores por conta pr?pria atingiu novas m?ximas recordes no terceiro trimestre.
Os empregados sem carteira no setor privado chegaram a 11,838 milh?es entre julho e setembro, de 11,500 milh?es no segundo trimestre.
Enquanto isso, o trabalhadores com carteira assinada eram 33,075 milh?es no terceiro trimestre, abaixo dos 33,213 milh?es do per?odo anterior.
J? o contingente de trabalhadores por conta pr?pria chegou a 24,434 milh?es nos tr?s meses at? setembro, contra 24,141 milh?es no segundo trimestre.
Com isso, o n?mero de desempregados no Brasil caiu a 12,515 milh?es no terceiro trimestre, de 12,766 milh?es no segundo. Entretanto, a qualidade do emprego ainda ? ruim, uma vez que a taxa de informalidade ficou em 41,4% dos ocupados, maior n?vel desde o in?cio da pesquisa em 2015, completou o IBGE.
'O contingente de desocupados vem baixando, mas ainda distante do menor total que foi de 6 milh?es em 2013', completou Adriana.
O rendimento m?dio do trabalhador foi a 2.298 reais entre julho e setembro, de 2.297 nos tr?s meses at? junho e 2.295 reais no mesmo per?odo de 2018.
O m?s de setembro teve cria??o l?quida de 157.213 vagas formais de emprego no Brasil, de acordo com dados do Minist?rio da Economia, no melhor resultado para o m?s em 6 anos e o sexto resultado positivo consecutivo no ano.[nL2N2721NS]
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO