Caixa oferta carência para pessoas e construtoras no crédito imobiliário

Por Aluisio Alves

S?O PAULO (Reuters) - A Caixa Econ?mica Federal anunciou nesta quinta-feira que oferecer? car?ncia no financiamento imobili?rio para pessoas f?sicas e para construtoras, na esteira da r?pida desacelera??o econ?mica provocada pela dissemina??o do coronav?rus.

Maior financiador imobili?rio do pa?s, com cerca de 70% desse mercado, o banco estatal permitir? que pessoas f?sicas e construtoras fa?am uma pausa ou paguem parcialmente as presta??es por um per?odo de 90 dias em contratos vigentes.

Essa medida vale para clientes adimplentes ou com at? duas presta??es em atraso. Para pessoas com atraso por mais de 60 dias at? seis meses, o banco poder? renegociar contratos, incluindo a possibilidade de pausa tempor?ria nas presta??es. Nos novos contratos, a car?ncia sobe para 180 dias.

No caso das construtoras, a car?ncia de 180 dias valer? para novos projetos conclu?dos, em fase de amortiza??o e para prorroga??o do in?cio de obras. O banco tamb?m oferece antecipar recursos do financiamento n?o usados antes ou adiantar 20% dos recursos de obras ainda por come?ar, e ainda a possibilidade de prorroga??o do in?cio das obras por at? 180 dias.

'Isso s? vale se as empresas n?o demitirem', disse o presidente da Caixa, Pedro Guimar?es, em apresenta??o online.

O executivo disse ainda que o banco avalia estender car?ncia das presta??es de cr?dito imobili?rio se a crise piorar.

Os benef?cios, que poder?o ser solicitados a partir da pr?xima segunda-feira, s?o anunciados no momento em que entidades ligadas ao setor imobili?rio tentam conter os efeitos da crise instaurada pelo isolamento social implementado como forma de tentar aliviar a pandemia do coronav?rus.

Ap?s tr?s anos de uma queda hist?rica, o financiamento imobili?rio voltou a crescer no Brasil em 2018 e 2019. No primeiro bimestre de 2020, os empr?stimos para aquisi??o e constru??o de im?veis com recursos da poupan?a cresceram 35,7% ante mesma etapa do ano passado, segundo dados da Abecip.

Nesta semana, o sindicato dos fabricantes de cimento, Snic, afirmou que as vendas do insumo por dia ?til em mar?o desabaram cerca de 10% sobre um ano antes e cobrou do governo medidas para que os recursos disponibilizados pelo Tesouro e Banco Central chegassem aos consumidores.