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CENÁRIOS-Da guerra à diplomacia, Irã avalia resposta ao assassinato de Soleimani

Placeholder - loading - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei (ao centro), conduz as orações diante dos caixões de Qassem Soleimani e outros mortos em ataque dos EUA 06/01/2020 Presidência iraniana/Divulgação via Reut
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei (ao centro), conduz as orações diante dos caixões de Qassem Soleimani e outros mortos em ataque dos EUA 06/01/2020 Presidência iraniana/Divulgação via Reut

Publicada em  

Por Parisa Hafezi

DUBAI (Reuters) - Os l?deres do Ir? prometeram vingar o assassinato pelos Estados Unidos do general Qassem Soleimani, comandante da For?a Quds da Guarda Revolucion?ria.

Aqui est?o algumas das op??es de Teer?:

PODER MILITAR

O l?der supremo do Ir?, aiatol? Ali Khamenei, e o presidente dos EUA, Donald Trump, falam duramente, mas nenhum deles sinalizou interesse em uma guerra total, embora a possibilidade de confronto militar n?o possa ser descartada.

Se Khamenei defender modera??o, ele pode parecer fraco dentro de seu pa?s e entre representantes regionais. Portanto, ele pode optar por retalia??o em pequena escala.

Karim Sadjadpour, membro s?nior do Carnegie Endowment for International Peace, disse que Khamenei precisa calibrar cuidadosamente a rea??o. 'Uma resposta fraca arrisca perder respeito, uma resposta excessiva pode colocar em risco seu poder.'

Um relat?rio da Ag?ncia de Intelig?ncia de Defesa dos EUA em dezembro afirmou que o Ir? depende de tr?s principais capacidades militares --seu programa de m?sseis bal?sticos, for?as navais que podem amea?ar a navega??o na regi?o produtora de petr?leo do Golfo e mil?cias aliadas em pa?ses como S?ria, Iraque e L?bano.

O Ir? diz ter m?sseis guiados com precis?o, m?sseis de cruzeiro e drones armados capazes de atingir as bases militares dos EUA no Golfo e chegar a Israel, arqui-inimigo do governo iraniano.

Teer? ou seus representantes podem atacar navios petroleiros no Golfo e no Mar Vermelho, usando rotas de petr?leo e outras trocas comerciais que ligam o Oceano ?ndico ao Mediterr?neo atrav?s do Canal de Suez.

BLOQUEIO DO ESTREITO DE HORMUZ

O Ir? n?o pode fechar legalmente o Estreito de Ormuz unilateralmente, porque parte est? nas ?guas territoriais de Om?. No entanto, os navios passam pelas ?guas iranianas, que est?o sob a responsabilidade da Marinha da Guarda Revolucion?ria Isl?mica.

Teer? poderia usar m?sseis, drones, minas e lanchas para enfrentar os Estados Unidos e seus aliados no estreito, por onde passa um quinto da produ??o mundial de petr?leo. Qualquer interrup??o pode elevar os pre?os do petr?leo acentuadamente.

T?TICAS ASSIM?TRICAS E ALIADOS

O Ir? transmitiu armas e conhecimentos t?cnicos aos aliados. Os houthis do I?men usaram m?sseis e drones fabricados no Ir? para bombardear aeroportos na Ar?bia Saudita.

Os Estados Unidos e a Ar?bia Saudita acusam o Ir? de atacar navios petroleiros perto do Estreito de Ormuz no ano passado e dizem que Teer? estava por tr?s de ataques a instala??es de petr?leo sauditas. Teer? nega.

Mil?cias apoiadas pelo Ir? no Iraque t?m atacado bases onde est?o localizadas as for?as dos EUA. Em junho, o Ir? derrubou um drone norte-americano com um m?ssil terra-ar, deixando os dois lados ? beira de um conflito direto.

LONGO ALCANCE DO IR?

O Ir? e seus aliados podem projetar poder al?m da regi?o.

Em 1994, um membro do movimento liban?s Hezbollah fez um ataque com bomba no edif?cio da Sociedade de Ajuda M?tua Judaica Argentina em Buenos Aires, matando 85 pessoas. A Argentina culpou o Ir? e o Hezbollah pelo ataque. Eles negam qualquer responsabilidade.

A Argentina tamb?m culpou o Hezbollah por um ataque ? embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992, que matou 29 pessoas.

DIPLOMACIA

Os l?deres iranianos j? mantiveram a porta aberta ? diplomacia para alcan?ar os objetivos, especialmente quando sua economia foi esmagada pelas san??es dos EUA.

'O Ir? e a Am?rica trabalharam juntos no passado, no Afeganist?o, no Iraque e em outros lugares. Eles t?m interesses e inimigos em comum. Um confronto militar ser? caro para ambos os lados. Mas a diplomacia pode resolver muitos problemas e ? uma op??o', disse um diplomata regional s?nior.

(Reportagem adicional de Babak Dehghanpisheh)

Escrito por Reuters

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