Chanceler defende abandono do Brasil de lista na OMC por apoio dos EUA à entrada na OCDE
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(Reuters) - O ministro das Rela??es Exteriores, Ernesto Ara?jo, avaliou a viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos como amplamente positiva e defendeu a negocia??o que definiu o apoio dos EUA ? entrada brasileira na Organiza??o para Coopera??o e Desenvolvimento Econ?mico (OCDE) em troca de o Brasil deixar uma lista de pa?ses beneficiados da Organiza??o Mundial do Com?rcio (OMC).
'A determina??o ? clar?ssima, ? de n?o mais nos colocarmos nessa posi??o de eterno pa?s em desenvolvimento, de assumir a nossa condi??o de pa?s grande, com sua expectativa de desenvolvimento e crescimento, mas abandonar essa ?tica do eterno em desenvolvimento, e atrav?s dessa op??o nos colocarmos no centro decis?rio da OMC', disse Ara?jo em entrevista coletiva para fazer um balan?o da viagem presidencial aos EUA.
Ao mesmo tempo que o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou apoio ao pleito brasileiro de entrada na OCDE, o Brasil se comprometeu a abdicar de estar na lista de pa?ses com tratamento especial e diferenciado da OMC.
Essa troca n?o era a posi??o defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Pelo menos dois pa?ses-membros da OCDE --Coreia do Sul e Turquia-- est?o na lista de pa?ses com tratamento diferenciado da OMC.
Ara?jo, no entanto, disse que a participa??o nessa lista n?o vinha beneficiando o Brasil.
'Nosso com?rcio n?o tem crescido, n?s temos perdido espa?o como ator comercial, temos perdido competitividade', argumentou Ara?jo. 'Tudo aquilo que o tratamento diferenciado era suposto a ajudar um pa?s a atingir, no caso do Brasil n?o tem sido. Se houvesse uma percep??o de que realmente esse tratamento ? essencial, nos ajudou, seria uma discuss?o, mas a gente n?o v? que tenha havido resultados que compensem.'
A OCDE aconselha seus 36 membros, na sua maioria pa?ses ricos, e ? considerada uma influenciadora-chave na arquitetura econ?mica mundial.
Apesar da avalia??o positiva do chanceler, negociadores brasileiros deixaram Washington com um gosto de frustra??o, segundo duas fontes ouvidas pela Reuters.
'Se ? para avan?ar desse jeito, melhor at? que fique como est?', disse ? Reuters uma das fontes envolvidas diretamente na tentativa de abrir o mercado norte-americano para novos produtos agr?colas brasileiros. [nL1N2161TD]
(Por Alexandre Caverni, em S?o Paulo)
Escrito por Redação
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