Chefe de direitos humanos da ONU pede libertação de mulheres ativistas sauditas

Por Stephanie Nebehay

GENEBRA (Reuters) - A chefe de direitos humanos da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU), Michelle Bachelet, pediu nesta quarta-feira ? Ar?bia Saudita que liberte mulheres ativistas supostamente torturadas sob deten??o depois que as autoridades as acusaram de prejudicar os interesses do pa?s.

Ativistas identificaram 10 mulheres sauditas detidas por fazerem campanhas, expressando o temor de elas enfrentarem penas severas.

O procurador-geral saudita est? preparando os julgamentos das detidas, identificadas por grupos de monitoramento como ativistas de direitos das mulheres, depois de finalizar suas investiga??es, relatou a ag?ncia estatal de not?cias SPA na sexta-feira.

'Hoje, permitam-me expressar minha preocupa??o com a pris?o e deten??o aparentemente arbitr?rias, e os supostos maus tratos e tortura, de v?rias defensoras dos direitos humanos das mulheres na Ar?bia Saudita', disse Bachelet em um discurso ao Conselho de Direitos Humanos das Na??es Unidas.

'A persegui??o de ativistas pac?ficas contraria claramente o esp?rito das novas reformas proclamadas pelo pa?s', acrescentou.

Na semana passada, o vice-procurador-geral saudita disse ao jornal saudita Alsharq Alawsat que seu escrit?rio analisou reportagens segundo as quais as mulheres foram torturadas e n?o encontrou nenhuma prova, classificando-as como 'falsas'.

O pr?ncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, adotou reformas que reduziram a discrimina??o, como permitir que as mulheres dirijam.

Mas ativistas dizem que as mulheres que lideraram tais campanhas continuam atr?s das grades e que algumas foram torturadas desde que foram presas em maio.

Em um relat?rio divulgado em Genebra na segunda-feira, o Centro de Direitos Humanos do Golfo disse que algumas ativistas sauditas foram submetidas a torturas, como choques el?tricos, chibatadas, a?oites e agress?es sexuais.

Na quinta-feira, pa?ses europeus far?o um apelo para que Riad solte as ativistas e coopere com um inqu?rito liderado pela ONU sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, disseram diplomatas e ativistas ? Reuters.

A Isl?ndia comandou a iniciativa in?dita, obtendo apoio de na??es europeias e possivelmente de delega??es de outras regi?es para uma repreens?o ? monarquia absolutista, que ? um dos 47 membros do f?rum.