China recorre a especialistas financeiros para lidar com riscos econômicos

Por Keith Zhai e Cheng Leng

CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - Enquanto luta para lidar com a desacelera??o de sua economia, a China adotou uma nova estrat?gia: posicionar especialistas financeiros em prov?ncias para administrar riscos e reformular economias regionais.

Desde 2018, o presidente Xi Jinping j? enviou 12 ex-executivos de institui??es financeiras ou ag?ncias reguladoras estatais para postos de alto escal?o das 31 prov?ncias, regi?es e municipalidades do pa?s, incluindo algumas que v?m lutando com dificuldades banc?rias e d?vidas que t?m provocado temores de uma crise financeira.

S? duas autoridades provinciais graduadas tinham tal experi?ncia financeira antes da ?ltima grande reformula??o na lideran?a, ocorrida em 2012, de acordo com um levantamento da Reuters.

Entre os especialistas financeiros rec?m-promovidos est? o vice-prefeito de Pequim, Yin Yong, um ex-vice presidente do banco central e o vice-governador provincial de Shandong, Liu Qiang, que ascendeu por meio dos maiores bancos comerciais do pa?s, do Banco Agr?cola da China ao Banco da China.

Outra autoridade rec?m-promovida, o vice-prefeito de Chongqing, Li Bo, liderava o departamento de pol?tica monet?ria do banco central at? este ano.

Os escolhidos --que supervisionar?o economias maiores do que de alguns pa?ses pequenos-- podem estar bem encaminhados agora que a China prepara uma reformula??o de pessoal para 2022, quando cerca de metade dos 25 membros do Politburo podem se substitu?dos, inclusive Liu He -- vice-premi? que lidera a reforma econ?mica e faz as vezes de negociador-chefe nas tratativas comerciais com os Estados Unidos.

'Banqueiros est?o em alta agora, j? que governos locais est?o cada vez mais expostos a riscos financeiros', disse Chucheng Feng, s?cio da Plenum, uma plataforma independente de pesquisa de Hong Kong.

'Estes ex-banqueiros e reguladores est?o recebendo a tarefa de evitar e mitigar grandes riscos financeiros', acrescentou.

As nomea??es ocorrem no momento em que o crescimento econ?mico se tornou o mais fraco em quase tr?s d?cadas e os investimentos governamentais em infraestrutura diminuem.

Cinco bancos regionais foram atingidos por problemas de administra??o ou liquidez neste ano, o que criou a perspectiva de bombas de d?vida devastadoras ? espreita nos locais mais inesperados.