Ciro diz que é mentira necessidade de tratar reformas econômicas diferentes em etapas separadas
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S?O PAULO (Reuters) - O candidato do PDT ? Presid?ncia, Ciro Gomes, disse nesta segunda-feira que ? uma mentira a ideia de tratar reformas econ?micas como tribut?ria e da Previd?ncia como cap?tulos separados e que, caso eleito, tentar? aprovar essas medidas de forma conjunta nos primeiros seis meses de governo, embora saiba que provavelmente ir? se deparar com um Congresso 'fragmentado'.
'Existe uma mentira no discurso pol?tico tradicional brasileiro que ? voc? tratar essas reformas por cap?tulos estanques. Quem conhece o problema de verdade sabe que o financiamento da Previd?ncia tem intera??o instant?nea com o sistema tribut?rio', afirmou o candidato durante sabatina promovida por UOL, Folha de S?o Paulo e SBT nesta segunda-feira.
Para Ciro, a popula??o precisa votar conscientemente na hora de compor o Congresso e pediu que o povo n?o o mande a Bras?lia de 'm?os e p?s amarrados'.
'N?o adianta eleger um bom presidente ou uma boa presidenta e descuidar do voto do deputado, do senador', argumentou.
Ele explicou que sua t?tica consiste em propor antes e levar 'pancada'. O que persistir de impasse, ser? definido pelo povo em plebiscitos e referendos, disse.
'Propor na primeira hora faz a elei??o ser uma esp?cie de plebiscito, dizendo ao Congresso: olha, n?o foi s? o cara que foi eleito, foram as ideias', defendeu.
Aliado ? proposta de votar essas medidas em seis meses, aproveitando a 'alta energia' ap?s a elei??o, Ciro disse que ir?, em paralelo, convocar governadores e prefeitos para um redesenho do pacto federativo, o que pode acontecer at? antes da sua eventual posse.
'Hoje os Estados e munic?pios est?o quebrados, j? com efeitos delet?rios sobre educa??o, seguran?a, transporte, todas essas coisas. Aqui est? o centro de gravidade real da pol?tica brasileira. N?o ? Bras?lia', afirmou ele, acrescentando que j? est? pensando em projetos para os Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O candidato reafirmou sua promessa de revogar o teto de gastos e disse que, se tiver for?a pol?tica, far? isso num primeiro momento de seu governo.
'Esse teto de gastos deixa toda a dinheirama para bancos livre, para os privil?gios da Previd?ncia livre e vai arrochar em cima de educa??o, sa?de, deixar nosso povo morrer por a? afora.'
PSDB E ALCKMIN
Ao ser questionado se deixaria o cargo de presidente caso se visse envolvido em algum esc?ndalo, uma das propostas de seu programa para combater a corrup??o, Ciro disse que sim e que o papel do presidente n?o ? s? n?o roubar, mas tamb?m n?o deixar roubar, aproveitando para criticar o presidenci?vel do PSDB, Geraldo Alckmin.
'Eu n?o tenho dificuldades com as quest?es escandalosas que envolvem o Alckmin, mas ? flagrante que ele deixa roubar. N?o ? brincadeira. ? flagrante que ele deixa roubar', disse Ciro.
'Muito pouca gente s?ria permanece hoje no PSDB e os s?rios que ficaram est?o constrangidos', afirmou ele, dizendo que esta ? a posi??o de algu?m que ajudou a fundar o PSDB no passado.
Pouco depois, em campanha tamb?m em S?o Paulo, Alckmin respondeu a declara??o do pedetista de que ? 'flagrante' que o tucano 'deixa roubar'.
'? um irrespons?vel', rebateu o ex-governador de S?o Paulo se referindo a Ciro.
LOCAUTE
Ciro ainda prometeu que em um governo seu n?o haver? locautes, como o que teria havido na greve dos caminhoneiros deste ano.
?Locaute ? crime no Brasil. N?o ? porque eu sou danado, n?o. Eu sou professor de direito. Locaute, ou seja, greve de empres?rio para prejudicar a coletividade ? crime como tal definido em lei', disse o pedetista.
'Eu, presidente, n?o tem conversa: quem transgredir a lei, vai preso. N?o sou dessa esquerdinha boboca que fica alisando bandido', explicou, acrescentando que avalia que por tr?s das greves, havia empres?rios.
(Reportagem de La?s Martins)
Escrito por Redação
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