Ciro faz apelo por voto de convicção no primeiro turno e reitera críticas a Haddad
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(Reuters) - O candidato ? Presid?ncia da Rep?blica pelo PDT, Ciro Gomes, fez um apelo nesta quarta-feira pelo voto de convic??o no primeiro turno, e pediu que o eleitor n?o decida seu voto com base nas pesquisas, e renovou cr?ticas ? experi?ncia pol?tica de Fernando Haddad, candidato do PT que figura na segunda posi??o da corrida presidencial.
Em entrevista ? r?dio CBN e ao portal G1, Ciro argumentou que o povo encontra-se em estado de des?nimo ou revolta com a pol?tica brasileira, e tamb?m mirou no eleitorado que prefere o primeiro colocado nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), ponderando que ?n?o adianta a gente transformar a revolta em ?dio?.
?A palavra neste momento, especialmente para o simpatizante, para o militante, ? n?o transfira seu voto, sua decis?o, o destino da sua fam?lia do seu pa?s, para instituto de pesquisa. O cidad?o consciente vota para construir o melhor?, argumentou.
?Temos dois turnos. Por que ter pressa? Por que n?o decidimos votando com tranquilidade no melhor e depois, a gente tem o segundo turno para escolher o menos ruim, se for assim, se o seu predileto n?o for para o segundo turno?, defendeu.
Questionado sobre a pesquisa Ibope divulgada na v?spera que aponta uma consolida??o de Bolsonaro na primeira posi??o com 28 por cento das inten??es de voto e um crescimento expressivo de Haddad, que foi a 19 por cento, Ciro --que permaneceu est?vel em 11 por cento-- negou que v? mudar a estrat?gia de campanha mas admitiu que ?naturalmente? ir? se adaptar.
Argumentou, tamb?m, que a pesquisa retrata uma rea??o ? recente substitui??o do cabe?a da chapa petista ap?s o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrar a candidatura do ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva, e lembrou que ainda pode haver reflexos do atentado sofrido por Jair Bolsonaro no dia 6 de setembro.
Ao referir-se a Haddad, a quem disse respeitar e admirar, centrou as cr?ticas ? sua experi?ncia pol?tica e n?o deixou de citar a derrota do petista quando tentou a reelei??o pela prefeitura de S?o Paulo.
?Eu sou diferente dele em tudo. Tenho uma hist?ria de vida pol?tica de ?xito?, afirmou Ciro.
O pedetista repetiu que o Brasil n?o aguenta mais um presidente fraco, sem autoridade, e disse que tamb?m se difere de Haddad pela quest?o program?tica.
'Eu sustento que o Brasil precisa de um projeto nacional de desenvolvimento assentando num punhado de decis?es estrat?gicas que exigem reformas profundas que o PT teve 13 anos de oportunidade de promover e n?o fez?, disse, citando como exemplos a tribut?ria e a da Previd?ncia.
Ciro aproveitou para afirmar que, Marcos Lisboa, nome ventilado como poss?vel escolhido de Haddad para eventual equipe econ?mica, equivale ao economista que comanda o programa econ?mico de Bolsonaro, Paulo Guedes.
?Haddad n?o desmentiu at? hoje que vai nomear o Marcos Lisboa para ministro da Fazenda, que ? outro nome de banco, ultrareacion?rio, igualzinho ao Paulo Guedes.?
PETROBRAS
Ciro repetiu o projeto para financiar as d?vidas de cidad?os brasileiros para que est?o nas listas de maus pagadores e detalhou que sua reforma tribut?ria prev? que o tributo pago sobre a cesta b?sica poder? ser reavido por pessoas de baixa renda, seja via desconto em banco, seja por meio do cart?o do Bolsa Fam?lia.
O presidenci?vel tamb?m opinou sobre a pol?tica de pre?os da Petrobras e afirmou que em seu governo levar? em conta o custo em reais. Tamb?m afirmou que o pa?s tem uma das maiores reservas no continente e que a importa??o de derivados deve cessar.
?Eu vou trocar a pol?tica de pre?o da Petrobras, a pol?tica de pre?o da Petrobras vai ser o custo brasileiro em real e mais a rentabilidade que ela precisa ter para pagar as suas d?vidas e reinvestir.?
Para o candidato, a cria??o da Petrobras tinha como objetivo proteger o pa?s de ?ciclos especulativos? que rodeiam o petr?leo, e citou pa?ses com grandes reservas do ?leo que enfrentam crises no momento, como a Venezuela.
Ciro argumentou ainda que o interesse e a ?cobi?a? internacional pela riqueza foram um dos motivos que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele citou a aprova??o de projeto que revoga a obrigatoriedade da Petrobras de atuar como operadora ?nica nas ?reas sob regime de partilha pouco depois da queda da ex-presidente.
Segundo ele, a preocupa??o de ?banqueiros? com a d?vida p?blica e o temor da classe pol?tica pelos avan?os da Lava Jato tamb?m foram motivos para a restitui??o de Dilma.
(Por Maria Carolina Marcello)
Escrito por Redação
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