CMN fixa meta de inflação de 3,50% para 2022; secretário diz que decisão não implica alta de juro
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Por Mateus Maia
BRAS?LIA (Reuters) - O Conselho Monet?rio Nacional (CMN) fixou nesta quinta-feira em 3,50% a meta de infla??o para 2022 pelo IPCA, com margem de toler?ncia de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
Trata-se de uma redu??o em rela??o ?s metas para at? 2021. Os alvos para 2019, 2020 e 2021 s?o de 4,25%, 4,00% e 3,75%, respectivamente, todos com margem de toler?ncia de 1,5 ponto percentual.
Em coletiva para comentar a decis?o, o secret?rio de Pol?tica Econ?mica, Adolfo Sachsida, destacou que a decis?o de diminuir a meta n?o implica que o Banco Central precisar? subir os juros ? frente. Segundo ele, ? importante que se tenha meta baixa porque ela ancora as expectativas para os pre?os.
Tamb?m na coletiva, o subsecret?rio de Pol?tica Macroecon?mica, Vladimir Kuhl Teles, disse que a fixa??o de uma meta menor para a infla??o ? explicada em parte pelo otimismo sobre o futuro.
'A partir do momento que voc? determina uma meta (de infla??o) futura mais baixa e ela ? cr?vel, voc? n?o vai precisar aumentar juros' para eventuais ajustes de pre?os, disse Teles.
As expectativas de infla??o no Brasil t?m permanecido baixas mesmo com a Selic em sua m?nima hist?rica (6,50% ao ano) e a despeito da expectativa do mercado pela retomada de flexibiliza??o monet?ria nos pr?ximos meses pelo Banco Central.
Analistas consultados pelo BC estimam alta de 3,82% para o IPCA em 2019, de 3,95% para 2020 e de 3,75% para 2021 e 2022, segundo a mais recente edi??o da pesquisa Focus. Ao mesmo tempo, o mercado prev? que a Selic cair? para 5,75% ao fim de 2019, ante os atuais 6,50%.
No Relat?rio Trimestral de Infla??o (RTI), divulgado mais cedo nesta quinta-feira, o BC previu infla??o de 3,6% em 2019 e de 3,9% em 2020, em cen?rio que considera trajet?rias de juros e c?mbio previstas pelo mercado.
Tanto o mercado quanto o BC t?m destacado a import?ncia da agenda de reformas para o cen?rio inflacion?rio. Nesta quinta, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse ser importante avaliar o impacto sobre o canal de transmiss?o para a infla??o decorrente da aprova??o ou n?o da reforma da Previd?ncia.
'Com as reformas implementadas nos ?ltimos anos (teto do gasto, trabalhista, terceiriza??o, TLP, entre outras), e a aprova??o da Nova Previd?ncia, a taxa neutra de juros no pa?s est? em queda, o que justifica a redu??o na meta para a infla??o em 2022', disse Jos? M?rcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.
'Podemos estar come?ando uma fase de juros estruturalmente mais baixos com infla??o controlada. Se o BC respeitar sua meta, mesmo sem errar para baixo a partir de 2020, como tem feito, teremos uma m?dia (de infla??o) 3,7% entre 2019-2022', afirmou Ivo Chermont, s?cio e economista-chefe da gestora Quantitas.
(Reportagem adicional de Jos? de Castro)
Escrito por Redação
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