CMN fixa meta de inflação em 3,75% para 2021, mantendo tendência de queda

S?O PAULO (Reuters) - O Conselho Monet?rio Nacional (CMN) fixou a meta de infla??o para 2021 em 3,75 por cento pelo IPCA com margem de toler?ncia de 1,5 ponto percentual, como mais um passo para a obten??o, de forma sustent?vel, de taxas de infla??o mais baixas na economia brasileira , informou o Minist?rio da Fazenda em comunicado nesta ter?a-feira.

O CMN, formado pelos Minist?rios da Fazenda e do Planejamento e pelo Banco Central, manteve as metas j? definidas anteriormente at? 2020. O centro da meta de infla??o para este ano ? de 4,5 por cento, de 4,25 por cento para 2019 e de 4 por cento para 2020, todas com margem de 1,5 ponto.

A percep??o de que a economia brasileira pode conviver com taxas de infla??o mais baixas de forma sustent?vel se manifesta nas expectativas dos analistas de mercado , diz o comunicado.

Esta perspectiva da infla??o foi beneficiada pelo redirecionamento da pol?tica econ?mica e a ado??o de reformas e ajustes que, combinados com a condu??o da pol?tica monet?ria, permitiram reancorar as expectativas de infla??o.

Segundo a secret?ria-executiva do Minist?rio da Fazenda, Ana Paula Vescovi, foi poss?vel manter a previs?o de uma redu??o gradual na meta de infla??o devido a uma atua??o coordenada das pol?ticas monet?ria e fiscal do governo federal.

A meta de 2021 mais baixa foi poss?vel por uma atua??o coordenada de pol?ticas monet?ria e fiscal , disse em entrevista coletiva.

Acreditamos que a atua??o da pol?tica monet?ria nos dois ?ltimos anos foi emblem?tica para demonstrar que ? poss?vel conviver com uma trajet?ria sinalizada de ajuste fiscal ao longo do tempo, que ? o que acontece hoje no Brasil.

A meta para 2021 foi aprovada pelo CMN que, desde o ano passado, passou a fixar objetivos para mais anos ? frente. A inten??o foi ampliar o horizonte da pol?tica monet?ria com mais transpar?ncia e ajudar a levar a infla??o para n?veis mais baixos e consistentes.

Entre 2005 e 2018, o centro da meta esteve em 4,5 por cento, mudando apenas a margem de toler?ncia.

A infla??o brasileira tem ficado baixa, apesar de o BC j? ter trazido a taxa b?sica de juros ao menor n?vel hist?rico de 6,50 por cento, em meio ao cen?rio de atividade econ?mica mais fraca do que o esperado e elevado desemprego, que afeta o consumo.

Segundo pesquisa Focus do BC, que ouve uma centena de economistas todas as semanas, as proje??es s?o de alta do IPCA de 4 por cento em 2020 e 2021. Para este ano e o pr?ximo, estavam em 4 e 4,10 por cento, respectivamente.

(Por Mateus Maia e Iuri Dantas)