CNMP pune Deltan com advertência por críticas a ministros do Supremo
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BRAS?LIA (Reuters) - O Conselho Nacional do Minist?rio P?blico (CNMP) puniu na manh? desta ter?a-feira o chefe da for?a-tarefa da opera??o Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, por cr?ticas feitas ? atua??o de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em um entrevista.
Em uma das falas ? R?dio CBN em agosto do ano passado, Dallagnol criticou os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski pelo que chamou de 'mensagem de leni?ncia a favor da corrup??o'.
?Os tr?s mesmos de sempre do Supremo Tribunal Federal que tiram tudo de Curitiba e mandam tudo para a Justi?a Eleitoral e que d?o sempre os habeas corpus, que est?o sempre se tornando uma panelinha assim... que mandam uma mensagem muito forte de leni?ncia a favor da corrup??o?, criticou ele.
Para o relator do processo administrativo disciplinar, conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, o procurador descumpriu o dever de guardar o decoro pessoal e de urbanidade.
Em manifesta??o no Twitter, o procurador disse que a puni??o aplicada a ele pelo conselho por ter 'criticado decis?es de ministros do Supremo, exercendo o direito ? liberdade de express?o e cr?tica, n?o reflete o apre?o que tenho pelas institui??es'.
'Minha manifesta??o decorre de um sistema de justi?a que n?o funciona, em regra, contra poderosos, e ? na omiss?o e no sil?ncio que a injusti?a se fortalece. O debate dos problemas de nosso sistema ? essencial', afirmou.
'Continuarei trabalhando para fazer a minha parte em reduzir a corrup??o e a impunidade', completou, ao agradecer pelas mensagens de apoio que recebeu.
Essa ? a primeira puni??o que um membro da Lava Jato recebe do CNMP.
Dallagnol responde a outros procedimentos e tem sido alvo de questionamentos ap?s a revela??o de supostas mensagens em reportagens do site The Intercept Brasil desde junho, que mostram o que seria uma atua??o conjunta de procuradores da Lava Jato com o ex-juiz da opera??o e atual ministro da Justi?a, Sergio Moro. Os dois lados negam irregularidades.
(Reportagem de Ricardo Brito)
Escrito por Reuters
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