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Com minério de ferro a US$65, mineração é menos estratégica para Usiminas, diz presidente

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S?O PAULO (Reuters) - A unidade de produ??o de min?rio de ferro da Usiminas ? menos estrat?gica para a empresa atualmente em fun??o do atual n?vel de pre?o da commodity, afirmou nesta sexta-feira o presidente-executivo do grupo sider?rgico, Sergio Leite.

A Usiminas desenvolve atualmente uma s?rie de estudos sobre o futuro da companhia, que incluem o que fazer com uma divis?o de min?rio de ferro que precisar? em alguns anos de investimentos volumosos para continuar operando.

'Nosso neg?cio principal ? produzir a?o. H? 10 anos, em fun??o dos pre?os (do min?rio) houve uma discuss?o sobre se as sider?rgicas deveriam verticalizar...(Hoje) o que ? estrat?gico para a Usiminas ? produzir a?o', disse Leite ao responder se a mineradora Musa ? um ativo estrat?gico para companhia ou se poderia ser um ativo pass?vel de uma eventual venda.

'Quando o min?rio estava a 200 d?lares (a tonelada), uma minera??o era estrat?gica, a 65 ? menos estrat?gica', acrescentou o executivo.

A Musa elevou sua capacidade de produ??o de 4 milh?es para 12 milh?es de toneladas de min?rio de ferro entre 2008 e 2012, mas em 2024 ou 2025 a reserva de min?rio mais facilmente extra?vel vai se esgotar. Para continuar operando, a empresa precisar? fazer investimentos de grande porte para explorar min?rios mais profundos.

Este projeto, chamado de 'Compactos', teria como objetivo elevar a capacidade de produ??o das minas da Musa em Minas Gerais, que hoje produzem a commodity por m?todo 'fri?vel', de mais f?cil extra??o que o min?rio 'compacto', que precisa de perfura??o e detona??es de rocha.

Segundo Leite, para continuar tendo min?rio de ferro para vender a partir de 2025, a Musa precisar? do projeto Compactos, um investimento que precisa de dois anos para ser implantado. 'Temos uns quatro anos ainda para decidir (se a Musa far? o projeto Compactos). N?o h? urg?ncia agora para a decis?o', disse o executivo.

ALTO-FORNO

Outro item na pauta de estudos da Usiminas s?o reformas de alto-fornos. O maior da empresa ? o de n?mero 3, na usina de Ipatinga (MG), com capacidade para 3 milh?es de toneladas de ferro gusa por ano.

O equipamento est? perto de atingir 20 anos de opera??o, prazo em que precisa passar por uma reforma geral que costuma exigir investimentos de 'centenas de milh?es de reais', disse Leite. Segundo ele, o equipamento passar? por uma reforma em 2021, mas a empresa ainda n?o decidiu se os trabalhos envolver?o uma remodela??o completa do forno.

'O mais prov?vel ser? uma reforma completa', disse Leite, comentando que o alto-forno 3 est? operando a um ritmo de 8 mil toneladas di?rias.

Em outra frente, o executivo afirmou que a Usiminas dever? tomar at? o ano que vem decis?o sobre a implanta??o de uma quarta linha de galvaniza??o em Ipatinga, de 500 mil toneladas por ano. Atualmente, as tr?s linhas da usina est?o operando na capacidade total de 1,35 milh?o de toneladas, impulsionadas pela demanda do setor automotivo, que no primeiro semestre elevou a produ??o em cerca de 14 por cento sobre um ano antes.

'Para este ano n?o tem decis?o sobre isso', disse o presidente da Usiminas.

CUBAT?O E FRETE

Mais cedo, o executivo comentou durante teleconfer?ncia com analistas que uma reativa??o das ?reas de produ??o de a?o-bruto da usina da empresa em Cubat?o (SP) n?o ser? feita antes de 2021 e quando esse prazo chegar a empresa ainda far? uma an?lise sobre se a demanda por a?o gerada pela economia ser? suficiente para a retomada.

'O que vai acontecer com a demanda de a?o ? o que vai acontecer com a economia...Este ano come?amos com proje??es de crescimento do PIB de 3 por cento, mas estamos vendo que vai ser um n?mero pr?ximo de 1 por cento', disse Leite.

Neste ano, o grosso do investimento previsto de 500 milh?es de reais ser? feito no segundo semestre, apesar da expectativa da empresa de crescimento menor da demanda por a?o que na primeira metade do ano. Leite afirmou que os 368 milh?es de reais que ainda faltam ser investidos pela Usiminas ser?o aplicados em 'dezenas de projetos de manuten??o de capacidade produtiva. Muitos destes projetos foram aprovados entre o fim do ano passado e in?cio deste ano'.

Sobre os impactos da greve dos caminhoneiros no planejamento estrat?gico da Usiminas, Leite comentou que os estudos da empresa tamb?m envolvem ampliar opera??es da cabotagem usando os portos da companhia. 'A greve, no longo prazo, traz reflex?o sobre uso de outros modais. Temos dois portos e estamos estudando fazer mais cabotagem', disse o executivo, citando que atualmente a empresa usa navios para o transporte de produtos para a regi?o Nordeste, mas n?o para o Sul do pa?s.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

Escrito por Redação

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