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Combustíveis recuam com força e IPCA-15 tem maior deflação em maio desde 1994

Placeholder - loading - Mulher faz compras em supermercado de São Paulo 11/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
Mulher faz compras em supermercado de São Paulo 11/01/2017 REUTERS/Paulo Whitaker

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Por Camila Moreira

S?O PAULO (Reuters) - A defla??o dos pre?os ao consumidor se intensificou em maio e a pr?via da infla??o brasileira chegou ao patamar mais fraco desde 1994, com forte queda dos combust?veis em meio ?s medidas de conten??o do coronav?rus.

O ?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve queda de 0,59% em maio ap?s varia??o negativa de 0,01% no m?s anterior, de acordo com os dados divulgados nesta ter?a-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE).

A leitura do m?s marca a defla??o mais intensa j? registrada desde o in?cio do Plano Real, em 1994, e a queda dos pre?os foi mais forte do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,45%.

Com isso, a alta acumulada do IPCA-15 em 12 meses foi a 1,96%, de 2,92% antes, bem abaixo do piso da meta de infla??o para este ano -- 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. A expectativa era de alta de 2,10%.

As medidas de isolamento e paralisa??es adotadas para evitar a propaga??o do coronav?rus v?m influenciando uma queda da demanda no Brasil, com redu??es ainda no pre?o da gasolina pela Petrobras pressionando para baixo os pre?os do combust?vel.

O maior impacto negativo no m?s foi exercido pela queda de 8,54% nos pre?os dos combust?veis, sendo que a gasolina ficou 8,51% mais barata em rela??o a abril.

A maior defla??o foi registrada pelo etanol, de 10,40%, enquanto os pre?os do ?leo diesel ca?ram 5,50%.

A queda de 3,15% no grupo Transportes tamb?m foi influenciada, al?m dos combust?veis, pelas passagens a?reas, que ap?s subirem 14,83% em abril registraram recuo de 27,08% em maio.

Na outra ponta, a alta do grupo Alimentos e bebidas desacelerou em maio a 0,46%, contra 2,46% no m?s anterior. A principal influ?ncia para esse resultado veio dos alimentos para consumo no domic?lio, que passaram de 3,14% em abril para 0,60% em maio.

Se por um lado a cebola subiu 33,59%, o pre?o da cenoura passou a cair 6,41%. As incertezas tanto internas quanto externas relacionadas ao Covid-19 mant?m os consumidores em alerta, tanto em rela??o ao emprego quando ? renda.

O governo passou a projetar contra??o do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 de 4,7%, contra alta de 0,02% vista em mar?o.

J? a mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC com economistas mostra que a expectativa ? de a infla??o termine este ano a 1,57% e que a economia encolha 5,89%.

Escrito por Reuters

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