Dados econômicos têm de piorar para nota do Brasil ser reduzida, diz S&P

S?O PAULO (Reuters) - A ag?ncia de classifica??o de risco Standard & Poor's somente reduziria a nota do Brasil se houver uma queda dr?stica nos dados econ?micos do pa?s e v? com normalidade a atual volatilidade dos mercados financeiros diante do quadro eleitoral.

A avalia??o foi feita nesta quarta-feira a jornalistas pelo gestor anal?tico de Ratings Soberanos e de Finan?as P?blicas Internacionais para Am?rica Latina da S&P, Sebastian Briozzo, acrescentando que o Brasil est? sendo atingido por problemas fiscais dom?sticos.

'Para n?s, e para qualquer pa?s do mundo, ? muito importante quando tem processo eleitoral ver quais s?o os planos do novo governo e quais s?o as condi??es que o novo governo pode construir', afirmou.

Neste m?s, a ag?ncia reafirmou em 'BB-' a nota de cr?dito do Brasil, com perspectiva est?vel.

As elei??es presidenciais de outubro est?o marcadas por d?vidas, j? que o ex-presidente Luiz In?cio Lula da Silva (PT) aparece na prefer?ncia do eleitorado nas pesquisas, mas ele est? preso desde abril por crime de corrup??o e lavagem de dinheiro, o que deve imped?-lo de participar do pleito.

Para a S&P, as fraquezas do Brasil est?o focadas no quadro fiscal e, por isso, 'uma solu??o de m?dio a longo prazo na parte fiscal continua sendo o fator mais importante para o nosso rating'.

'A gente espera que o novo governo continue fazendo modifica??es conjunturais na estrutura das despesas, isso seria o suficiente para manter o rating onde ele est? agora, mas no m?dio e longo prazos precisamos ver modifica??es mais intensas', acrescentou Briozzo.

Para ele, o tema da Previd?ncia continua como fundamental para melhorar a condi??o econ?mica do Brasil, que vem mostrando sucessivos d?ficits fiscais e elevado endividamento.

'Se a gente n?o tiver um governo que gere expectativas de que essas mudan?as possam acontecer em m?dio e longo prazo, vai ser muito dif?cil ao longo do tempo o Brasil continuar mantendo o rating que tem hoje', afirmou.