Democratas assumem Câmara e desafiam Trump por paralisação do governo dos EUA
Publicada em
Por Amanda Becker e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - Os democratas n?o demoraram a demonstrar seu rec?m-adquirido comando da C?mara dos Deputados dos Estados Unidos e j? se articulavam para aprovar leis com o potencial de encerrar a paralisa??o parcial do governo dos EUA, em seu 13? dia, sem atender ao presidente Donald Trump, que demanda 5 bilh?es de d?lares para constru??o de um muro na fronteira.
Esta quinta-feira ? o primeiro dia, desde que Trump assumiu a Presid?ncia em janeiro de 2017, de uma divis?o de poderes em Washington, depois que os democratas assumiram o controle da C?mara no lugar dos republicanos, que permanecem ? frente do Senado.
A legislatura para os anos 2019 e 2020 do Congresso dos EUA abriu os trabalhos em meio a uma interrup??o nos servi?os de cerca de um quarto do governo, o que afeta em torno de 800 mil servidores, paralisa??o provocada pela exig?ncia de Trump de que recursos para a constru??o de um muro na fronteira com o M?xico sejam inclu?dos em qualquer legisla??o or?ament?ria aprovada daqui em diante ? os democratas se op?em ? libera??o da verba.
L?deres congressistas de ambos os partidos n?o conseguiram avan?ar nas conversas com Trump na quarta-feira na Casa Branca, e devem retornar para mais uma rodada de negocia??o na sexta, numa indica??o de que a paralisa??o deve se prolongar at? o fim da semana.
Na C?mara, a veterana democrata Nancy Pelosi foi eleita presidente, no que ser? a segunda passagem da deputada liberal de San Francisco por um dos cargos mais poderosos de Washington. A expectativa ? de que sejam logo votadas leis or?ament?rias feitas pelos democratas.
'Eu prometo que este Congresso ser? transparente, bipartid?rio e unificador, que buscaremos alcan?ar o outro lado do corredor (outro partido) nesta C?mara e em todas as divis?es do nosso pa?s', disse Pelosi.
O pacote em duas partes elaborado pelos democratas inclui um projeto de lei para financiar o Departamento de Seguran?a Interna nos patamares j? praticados at? 8 de fevereiro, com a previs?o de 1,3 bilh?o de d?lares para cercas nas fronteiras e 300 milh?es de d?lares para outros itens de seguran?a fronteiri?a, incluindo equipamentos e c?meras.
A segunda parte do pacote seria destinada ao financiamento de outras ag?ncias federais que encontram-se sem recursos, incluindo os departamentos de Agricultura, Interior, Transporte, Com?rcio e Justi?a. Nesse caso, as verbas est?o previstas para durar at? 30 de setembro, quando se encerra o atual ano fiscal.
O l?der da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, indicou que os senadores n?o devem aprovar a legisla??o dos democratas, a qual chamou de ?teatro pol?tico, n?o legisla??o produtiva?.
?N?o vamos desperdi?ar o tempo?, disse ele no plen?rio do Senado. ?N?o vamos come?ar com o p? errado com os democratas da C?mara, que usam sua plataforma para apresentar posi??es pol?ticas em vez de solu??es s?rias?.
McConnell disse que o Senado n?o vai votar nenhuma proposta que n?o tenha uma chance real de ser sancionada por Trump.
Depois das elei??es parlamentares de novembro, os republicanos mantiveram maioria de 53 senadores, ante 47 dos democratas, enquanto estes obtiveram 235 assentos na C?mara, ante 199 dos republicanos.
O muro ? uma das principais promessas feitas na campanha de Trump em 2016, quando ele disse que o M?xico pagaria pela obra, que diz ser necess?ria para combater a imigra??o ilegal e o tr?fico de drogas. Para os democratas, o muro ? imoral, ineficaz e medieval.
?N?o, n?o. Nada para o muro?, disse Nancy Pelosi em uma entrevista veiculada nesta quinta-feira pelo canal NBC.
(Reportagem de Richard Cowan, Ginger Gibson e Amanda Becker)
Escrito por Redação
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