Desarticulação e quórum em ritmo de queda ameaçam conclusão de 1º turno da reforma da Previdência
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Por Maria Carolina Marcello e Lisandra Paraguassu
BRAS?LIA (Reuters) - A vota??o do primeiro turno da reforma da Previd?ncia tem chances de n?o ser conclu?da ainda nesta sexta-feira, avaliam parlamentares que acompanham de perto as negocia??es sobre a proposta.
O governo ainda enfrenta dificuldade para articular os deputados favor?veis ? reforma e garantir o qu?rum em plen?rio, justamente em um momento em que ser?o analisadas emendas com grande potencial de desidratar a reforma, cujo texto-base foi aprovado na quarta-feira.
Um sintoma disso ocorreu enquanto o plen?rio votava uma emenda do PDT, que previa a retirada do texto da reforma do ped?gio de 100% no Regime Pr?prio de Previd?ncia Social (RPPS) e no Regime Geral de Previd?ncia Social (RGPS) e a manuten??o apenas dos crit?rios de idade m?nima e contribui??o --60 para homens com 35 de contribui??o e 57 para mulheres, com 30 de contribui??o.
Por se tratar de um destaque supressivo, ? necess?rio que o governo garanta ao menos 308 votos para derrubar a emenda e manter o texto produzido pela comiss?o especial.
Diante da dificuldade do governo em bancar esse qu?rum, o PDT, que havia orientado sua bancada a aprovar a emenda, mudou sua posi??o, apesar de defender o m?rito do destaque. Segundo o l?der da bancada, Andr? Figueiredo (CE), a decis?o s? foi tomada para preservar acordo fechado em torno de uma outra emenda, essa acertada com o governo, com regras mais brandas para professores.
Ainda assim, a emenda sobre o ped?gio corria o risco de ser aprovada, e o PSB, ent?o, tamb?m mudou sua orienta??o para que os deputados de sua bancada votassem a favor do texto da comiss?o, e n?o pela emenda do PDT.
O plen?rio conseguiu rejeitar a emenda, e o governo, ajudado pelo PDT e pelo PSB --legendas de oposi??o ao governo Jair Bolsonaro--, conseguiu, ap?s mais de uma hora de discuss?o do destaque, colocar 387 votos a favor do texto original. Mas ainda enfrentar? duras batalhas pela frente, incluindo tr?s destaques do PT, que, somados, podem reduzir a economia estimada da reforma em 100 bilh?es de reais.
Mais cedo, o presidente da C?mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que n?o adianta correr com a reforma da Previd?ncia e colocar em risco sua aprova??o em segundo turno.
O presidente disse ainda que ir? avaliar as perspectivas de qu?rum com os partidos tanto para o s?bado como para a pr?xima semana, indicando que a conclus?o da tramita??o na Casa pode ficar para agosto.
Escrito por Redação
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