Diesel da Petrobras sobe 5,7% e atinge máxima de quase 6 meses

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras elevar? em 5,7 por cento o pre?o m?dio do diesel nas refinarias a partir de sexta-feira, na maior alta para o combust?vel em mais de sete meses, ap?s manter o valor congelado por 21 dias, apontaram dados da companhia nesta quinta-feira.

Foi o maior reajuste realizado para o combust?vel mais comercializado do Brasil desde 31 de agosto, quando houve uma alta de 13,03 por cento --naquela oportunidade, o diesel subiu na esteira de um reajuste no valor de refer?ncia utilizado no programa governamental de subs?dios, que j? n?o existe.

Com o ajuste, o diesel ser? comercializado a 2,2662 reais por litro, maior valor desde 27 de outubro, quando era cotado a 2,3606 reais por litro.

O diesel da Petrobras estava em 2,1432 reais por litro desde 22 de mar?o.

A manuten??o do pre?o da Petrobras por per?odos mais longos foi permitida pela atual gest?o da empresa em 26 de mar?o, quando definiu que os ajustes nas refinarias acontecer?o em intervalos n?o inferiores a 15 dias.

A mudan?a ocorreu em meio a press?o de caminhoneiros aut?nomos, que demonstraram insatisfa??o com as pol?ticas para o setor, amea?ando nova greve.

Logo ap?s o an?ncio da nova pol?tica da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse em v?deo nas redes sociais que seu governo respeita os caminhoneiros e tem tomado medidas de interesse da categoria, como uma mudan?a na periodicidade dos reajustes do diesel pela Petrobras.

Antes da pol?tica definida ao final de mar?o, a Petrobras poderia manter o diesel est?vel por per?odos de at? sete dias, utilizando mecanismos de hedge para evitar preju?zos.

A Petrobras tem informado, no entanto, que sua pol?tica de pre?os busca a paridade de importa??o, tendo como refer?ncia indicadores internacionais como c?mbio e petr?leo, em busca de rentabilidade. Eventuais perdas com a manuten??o dos pre?os seriam evitadas com hedge.

O repasse das altera??es nos pre?os dos combust?veis aos consumidores finais depende de uma s?rie de fatores, como impostos, margens dos distribuidores e revendedores e misturas de biocombust?veis.

Neste ano, grande parte das altas realizadas pela Petrobras n?o est? chegando ?s bombas.

Na semana passada, os pre?os do diesel nas bombas ca?ram 0,14 por cento ante a semana anterior, apesar de nas refinarias terem permanecido congelados.

Nos primeiros tr?s meses do ano, o diesel teve alta de apenas 3 por cento nos postos, contra avan?o de 18,5 por cento nas refinarias da Petrobras.

(Por Marta Nogueira; com reportagem adicional de Jos? Roberto Gomes)